Teddy Swims é CRITICADO por usar IA na composição das músicas.

Teddy Swims admitiu usar IA para compor, e seus fãs estão dizendo que o mundo acabou. E agora, seria isso um purismo ou excesso de liberdade?

A notícia caiu como uma bomba no colo dos saudosistas de plantão. Teddy Swims, o cantor de voz rouca e soul que conquistou as paradas globais, admitiu abertamente usar inteligência artificial no seu processo criativo. Durante um painel no SXSW em Sydney, ele contou, sem nenhum constrangimento, que seus produtores usaram IA para alterar uma letra de música sem ele precisar voltar ao estúdio para regravar a linha inteira.

E não parou por aí. Ele usa a tecnologia para testar como suas músicas soariam em gêneros completamente diferentes, transformando um rascunho acústico em rock ou country com um clique, só para ver se funciona. A reação instintiva de muita gente é gritar “fraude!”, mas a realidade é que Teddy está somente fazendo o que todo artista inteligente sempre fez, usar a melhor ferramenta disponível para tirar a burocracia da frente da arte.

O caso de Teddy Swims é emblemático porque desmonta a narrativa histérica de que a IA veio para “roubar a alma” da música. Ele não solicitou para o ChatGPT escrever um hit do zero e assinou embaixo. Ele usou a ferramenta para resolver o problema logístico de evitar horas de estúdio e custos desnecessários para mudar uma única palavra, e para expandir seu horizonte criativo, testando arranjos que levariam dias para serem montados por humanos. Isso é eficiência de mercado aplicada à arte.

É a tecnologia servindo ao indivíduo, e não o contrário. O cantor descreveu a IA como uma “ferramenta bonita” quando usada corretamente, e ele está coberto de razão. Quem reclama disso é quem ainda acha que música “de verdade” só pode ser feita com fita de rolo e sofrimento.

(Sugestão de Pausa)

Mas vamos ampliar o escopo, porque o que acontece na música é um reflexo do que está rolando em toda a indústria do entretenimento e, mais importante, na vida de qualquer pessoa que trabalha e produz. A gritaria contra a IA hoje é a mesma que existia contra os sintetizadores nos anos 1980, contra os samplers nos anos 1990 e contra o autotune nos anos 2000. Diziam que os bateristas perderiam o emprego para as drum machines. Adivinha? Não perderam.

Eles tiveram que ficar melhores ou aprender a programar as máquinas. A IA generativa, seja o Suno e o Udio na música ou o Midjourney nas artes visuais, não está matando a criatividade. Está democratizando o acesso a ela. Antes, para fazer uma música com orquestra, você precisava de, bem, uma orquestra. Hoje, um garoto de Xique Xique, Bahia, pode testar essa sonoridade no quarto dele. Isso é descentralização de poder criativo na veia, algo que qualquer libertário deveria aplaudir de pé.

Na indústria do cinema e TV, a choradeira é ainda maior, com greves e regulamentações tentando frear o inevitável. Mas olhe para os dados. Relatórios de tendências para 2025 mostram que estúdios já estão usando IA não para substituir o diretor, mas para “agentes de IA” que aceleram a pós-produção, localização e dublagem.

Imagine o custo de dublar um filme para 50 línguas. Agora imagine uma IA fazendo isso com a voz original do ator, sincronizando o movimento labial. O custo despenca, o alcance global do filme explode. Quem ganha? O consumidor, que recebe mais conteúdo, mais rápido e mais barato. Quem perde? O cartel de intermediários que vivia da ineficiência do processo antigo.

E não pense que isso é coisa só de artista famoso. A revolução da IA está batendo na porta da sua produtividade diária, e se você não abrir, vai ficar para trás. Ferramentas como o Microsoft Copilot ou o ChatGPT não são “trapaça” para escrever e-mail ou código, mas o seu “segundo cérebro”. Estudos comprovam que o uso dessas ferramentas para tarefas repetitivas como organizar agenda, resumir reuniões chatas ou escrever rascunhos de relatórios, libera horas do seu dia.

(Sugestão de Pausa)

É o sonho de qualquer um que valoriza o tempo, deixando a máquina fazer o trabalho braçal e chato para que possa usar seu cérebro para o que realmente importa, que é pensar, criar, decidir ou simplesmente contemplar o ócio. Aqui no Visão Libertária, por exemplo, não aceitamos um texto feito completamente pela IA, haja visto que além dela errar ou dizer coisas inverídicas com maior frequência tende a deixar o texto maçante. Entretanto, não proibimos que os escritores possam utilizá-la para melhorar o texto, deixá-lo mais dinâmico, ou, ainda, evitar erros simples de gramática ou ortografia. Proibimos o uso burro de IA, mas o seu uso inteligente é sempre bem-vindo.

O medo que muitos têm, alimentado por manchetes sensacionalistas, é de que seremos substituídos. A verdade nua e crua é que você não será substituído por uma IA, será substituído por alguém que usa IA melhor que você. Um designer que usa IA para gerar dez conceitos em uma hora vai engolir o designer que leva uma semana para fazer um esboço na mão. Um programador que usa IA para auditar seu código vai entregar projetos muito mais rápido e com menos bugs do que o purista que escreve cada linha do zero por orgulho. A produtividade é o motor da riqueza, e a IA é o combustível de alto desempenho que acabou de chegar no posto.

O problema, claro, é que onde há inovação, há o estado querendo “regular”. Já começaram as conversas fiadas sobre “proteger os artistas” ou “taxar os robôs”. Na prática, isso é protecionismo para indústrias obsoletas. Querem criar leis de direitos autorais draconianas que impeçam uma IA de “aprender” com músicas existentes, como se todo músico humano da história não tivesse aprendido ouvindo os outros. Se o Teddy Swims tivesse ouvido Beatles e feito uma música parecida, seria “influência”. Se a IA faz, é “roubo”. Essa hipocrisia regulatória só serve para manter as grandes gravadoras e estúdios no controle, dificultando a vida do artista independente que poderia usar essas ferramentas para competir de igual para igual.

O uso da IA na arte também levanta uma questão filosófica interessante sobre a autoria, que o mercado vai resolver muito antes dos juízes. Se tenho a ideia, a direção e o gosto para curar o resultado, a arte é minha, não da máquina. A máquina não tem intenção, não tem alma, não tem boleto para pagar. Quem tem é o humano operando ela. Quando o Teddy Swims solicita para a IA mudar uma letra, a decisão final de que “ficou bom” é dele. A curadoria humana se torna a nova habilidade premium. Num mundo onde gerar conteúdo é custo zero, saber escolher o que presta vale ouro. Será que a era da curadoria de conteúdo está se iniciando? Fica aí a indagação para você, telespectador.

(Sugestão de Pausa)

Além disso, a IA está permitindo formas de arte híbrida que eram impossíveis antes. Veja o caso de artistas visuais que usam IA para gerar texturas complexas e depois pintam por cima, ou cineastas que usam geração de vídeo para criar storyboards animados em minutos. A barreira de entrada técnica, ou seja saber desenhar anatomia perfeita ou saber mixar um bumbo de bateria, foi abaixada. O que sobra é a barreira da ideia. Se não tem boas ideias, a melhor IA do mundo só vai gerar lixo em alta definição. Mas se você tem a visão, a IA é a alavanca que move o mundo.

Portanto, quando você ler que um artista “admitiu” usar IA, não encare como uma confissão de culpa. Encare como um atestado de inteligência. Teddy Swims está usando a tecnologia para entregar mais música, com mais qualidade, gastando menos tempo em tarefas repetitivas. Isso é o suprassumo do capitalismo: fazer mais com menos. E para nós, meros mortais fora do show business, a lição é a mesma. Use a IA para escrever aquele e-mail difícil, para planejar suas férias, para aprender uma língua nova, para organizar suas finanças. Deixe a máquina ser máquina, para poder ter tempo de ser humano.

A resistência é fútil e, francamente, burra. O futuro pertence a quem entende que a inteligência artificial não é um substituto para a criatividade humana, mas um exoesqueleto para ela. Quem ficar parado reclamando que “no meu tempo era melhor” acabará como os datilógrafos que se recusaram a usar computador: irrelevantes, esquecidos e, infelizmente, obsoletos. Teddy Swims já escolheu o lado dele. E você de que lado está?

Referências:

https://www.abc.net.au/news/2025-10-16/teddy-swims-tells-sxsw-sydney-he-uses-ai-in-music/105897908
https://consequence.net/2025/11/teddy-swims-ai-songwriting-process/
https://johnrector.me/2025/09/26/ai-generated-music-artists-and-hybrid-collaborations-recent-developments/
https://www.tvtechnology.com/opinion/three-ai-trends-reshaping-the-future-of-media-and-entertainment
https://www.aicerts.ai/blog/learn-and-explor-the-benefits-about-ai-in-personal-productivity/
https://www.iheartradio.ca/en/music-news/teddy-swims-admits-to-using-ai-to-make-music.html
https://routenote.com/blog/ai-in-the-music-industry-how-artists-can-use-ai-in-2025/
https://www.alixpartners.com/media-entertainment-industry-predictions-report-2025/
https://venturebeat.com/ai/the-unexpected-benefits-of-ai-pcs-why-creativity-could-be-the-new
https://www.musicradar.com/artists/singers-songwriters/if-you-use-it-the-correct-way-i-think-its-a-beautiful-tool-teddy-swims-admits-hes-used-ai-on-his-own-material
https://pirate.com/en/blog/ai-tools-for-musicians/