O grande sucesso do novo filme da Branca de Neve

Sim, isso mesmo que você ouviu: Após um mês do lançamento, Live action da Disney do novo filme da Branca de Neve, estreado por Rachel Zegler e Gal Gadot, já é um sucesso histórico.

No dia 20 de março de 2024, estreou o tão esperado filme live action da Branca de Neve, 88 anos após a estreia do primeiro filme produzido pelo próprio Walt Disney. A versão de 2025, dirigida pelo renomado cineasta Marc Webb, foi lançada sob grande expectativa, pois o remake live action da versão original seria comparado com a grandeza da animação original de 1937, que foi um divisor de águas no cinema mundial. Tarefa desafiadora para os produtores e elenco da versão atual, que escalaram um time de atores e atrizes de peso e investimentos à altura para que a nova versão superasse a versão original.

Com um gasto divulgado pela produção do filme em torno de 269 milhões de dólares, o remake estreado por Rachel Zegler e Gal Gadot levou mais de 3 anos para ser produzido. Alguns sites especializados dizem que esta cifra chegou próximo dos 300 milhões, devido a ocorrência de algumas revisões e refilmagens de cenas, como por exemplo, a troca das “criaturas mágicas” interpretadas por atores reais e não muito parecidos com anões, por anões feitos por computação gráfica, para evitar a "perpetuação de estereótipos sobre pessoas com nanismo", tendo até tirado do tema do filme original "os sete anões", ficando apenas "Branca de Neve".

Se não bastasse o desafio de superar a animação de 1937, a produção se esforçou em adequar a história para os dias atuais, trazendo para dentro do tema do filme algumas pautas sensíveis, tais como feminismo, identitarismo e inclusão. Já começando pela escolha de Rachel Zegler como a protagonista do filme, interpretando a Branca de Neve. Para aqueles que não sabem, Zegler é descendente de colombianos e obviamente sua pele não é tão branca como a neve, mostrando assim a intenção da produção do filme em quebrar os padrões originais. Outro ponto é o engajamento de Zegler em pautas feministas, pró palestina, pró aborto. Este exemplo, por si só, já traria um desafio a mais do que apenas superar o filme original.

Este tipo de abordagem desafiadora aos padrões, tem sido muito comum nos filmes Hollywoodianos, pois a inclusão de pautas progressistas em remakes de filmes clássicos, produções de filmes sobre a literatura escrita e de comic books, cai muito bem aos que se identificam com estes temas ou que os utilizam para ter uma virtude para chamar de sua. Em alguns casos, filmes trocam totalmente os personagens originais por aqueles que se adequam à agenda woke e progressista.

Portanto, para medir o sucesso de um live-action como Branca de Neve em relação ao clássico, o melhor indicador seria o retorno da arrecadação nas bilheterias sobre o capital investido na produção. Então vamos às comparações:

De acordo com o site do Guiness Book, a Versão de 1937 gastou em valores atuais 13,25 milhões de dólares e arrecadou em valores atuais 1,5 bilhão de dólares. Isto significa um lucro de 1,48 bilhão de dólares e um retorno sobre o capital investido de mais de 11.000%. Para facilitar o entendimento: a cada 1 dólar investido no filme, houve um retorno de 112,00 dólares. Realmente foi uma mina de dinheiro.

A versão de 2025 de Branca de Neve, teve um custo de produção de 269 milhões de dólares e, um pouco mais de mês depois da estreia, o filme arrecadou 201 milhões de dólares. Isto significa um lucro de -68 milhões de dólares, mais conhecido como prejuízo, e um retorno sobre o investimento de -25%. Ou seja: para cada 1 dólar investido, perdeu-se mais 25 centavos. O filme ainda nem se pagou, sendo que muitas salas nem mais o tem em cartaz.

"Ah, mas não podemos comparar a arrecadação de um filme lançado há 88 anos com a arrecadação após um mês da estreia de outro." Vamos então aos números da arrecadação da animação de 1937 um mês após sua estreia:

Nos primeiros 30 dias de sua estreia, Branca de Neve e os Sete Anões de 1937, arrecadou mundialmente 8 milhões em valores da época, que hoje equivale a 177,4 milhões de dólares.

Em resumo, um mês depois de sua estreia, o filme de 1937 se pagou 13 vezes, enquanto o de 2025 sequer se pagou uma vez, e provavelmente não se pagará, já que com a baixa adesão do público ele já está saindo de cartaz. Mesmo daqui a 88 anos, o Branca de Neve 2025 não se pagaria, considerando os juros dos empréstimos e investimentos feitos pelos acionistas, que poderiam estar ganhando com margens de lucro em outros investimentos, mas aguardam uma reviravolta na arrecadação pífia.

Ao que se deve esta diferença entre dois filmes, sendo que o atual teria um orçamento maior, tecnologia e elenco de ponta?

Esperava-se o oposto, não é mesmo? A questão é o que já acontecia no decorrer das gravações e as informações que o elenco tinha permissão de falar em suas entrevistas com a mídia. Por diversas vezes a protagonista Rachel Zegler, em entrevistas, demonstrou seu desprezo pelo filme original, dizendo que era defasado, que o atual é atualizado, que não seria mais sobre uma história de amor mas sim sobre liderança feminina, que o príncipe encantado não teria um papel tão importante na nova versão, entre outras coisas.

Todas estas declarações, até um certo tempo endossadas pelos diretores do filme, já que eles escolheram uma atriz controversa para o papel e que eles próprios fizeram esta adaptação para temas atuais, logo saíram do controle e geraram um efeito muito negativo. Hoje, as redes sociais instantaneamente demonstram o que as pessoas pensam sobre algum assunto. O público rapidamente começou a demonstrar seu descontentamento sobre as falas arrogantes de Zegler, desconectadas do legado do filme original e sem compromisso com os fãs, e isto levantou um sinal amarelo nos bastidores, havendo até intervenção dos produtores à Rachel, sem muito resultado.

Assim como vemos ocorrer nas mídias mainstream, no poder político e nas redações de jornais, a desconexão destes artistas e produtores com a população, de um modo geral, chega ao ponto de ruptura com os valores da sociedade. Por algum tempo, estes artistas, jornalistas, políticos e minorias detentoras de poder conseguiam impor seus produtos, vontades e ideias a ponto de convencer as sociedade de uma maneira geral. Este convencimento se dava pelo fato desta mesma sociedade não poder se ouvir e perceber que a maioria das pessoas possuem seus valores e princípios idênticos, porém opostos aos que vinham dos detentores do poder.

Hoje, com a informação descentralizada e distribuída, a sociedade passou a trocar mais informação e perceber que pensam igual entre si. A maioria das pessoas querem ir ao cinema e ver um filme para se entreter, da mesma forma que fizeram aquelas pessoas em 1937. Walt Disney sabia deste anseio das pessoas e deu a elas o que elas queriam, por isso o filme teve o sucesso que vimos. Mas infelizmente o Gramcismo, há anos impregnado nas instituições de ensino, redações de jornais e mídias, tomou o lugar de fala e tenta subverter os valores da sociedade às pautas que foram expostas pelas declarações pessoais da protagonista e também à atualização do filme, desconectando sua essência das vontades de quem vai consumir o produto.

A questão principal é que estas minorias que produzem entretenimento vivem em suas bolhas que as isolam de perceber isso. Eles ainda acreditam que podem plantar um pasto ideológico que as ovelhas da sociedade virão pastar aquilo que desejam, sem pensar ou questionar. Este isolamento não os fazem perceber e se conectar com seus consumidores, nem perceberem seus valores que ainda estão alinhados com o conservadorismo, com a família, com a vida, com o livre mercado. Eles apenas conversam entre si e se enganam com a fantasia da sua própria bolha, mas quando a bolha fura já é tarde demais para consertar.

Então por quê o título deste artigo diz que a versão de 2025 é um sucesso? É um sucesso para os artistas e produtores de Hollywood que ainda estão em suas bolhas, é um sucesso para aqueles poucos que pensam como eles dentro dessas bolhas. É um sucesso quando finalizada a obra, ao assistirem junto dos seus, contemplam suas ideias esperando que elas sejam engolidas como capim pelo resto da sociedade, que está mais preocupada em vencer na vida através de um trabalho livre, do empreendimento, da relação do livre mercado e em com suas famílias. Sociedade, em sua maioria, que apenas quer ir ao cinema se entreter com uma obra que a tire um pouco da dura realidade e não que a diga o quanto suas ideias estão erradas.

Quanto à bolha progressista dos artistas e produtores Hollywoodianos, que em sua total maioria possuem viés progressista de esquerda, lucro é o que menos importa. O que importa a eles é o produto criado que visa a desconstrução do que sempre funcionou, da destruição da moral e da quebra de padrões. Dentro da bolha deles, será consumido pelo gado sem questionamento, mas hoje, vemos que estão descobrindo a realidade e eles próprios estão se desconstruindo ao perceberem que dependem tanto do lucro quanto da sociedade.

Já não é de pouco tempo que muitos cineastas e artistas estão se voltando para o clássico, original e fantasioso, sem a pretensão de politizar pautas, mas sim entregar ao público aquilo que ele quer, pois perceberam que a sociedade está se falando e percebendo a sua força a ponto de fazer com que algo ruim seja deixado pra trás, sem valor. Porém existem aqueles que insistem no erro, a ponto de apoiarem a censura e também o acesso da sociedade aos meios de informação descentralizada, pois sabem que somente assim poderiam ter de volta as ovelhas em seu pasto.

Felizmente estamos num tempo em que a busca da verdade nos meios descentralizados é uma realidade sem volta. A liberdade nunca foi tão valorizada por aqueles que estão fora da bolha centralizadora enviesada, então, por isso a luta para não retroagirmos será cada vez mais exposta e as bolhas serão furadas expondo aqueles que estão desconexos dos valores reais da sociedade. A exemplo da Rachel Zegler, as opiniões e atos destas pessoas ficarão expostos ao ponto deles perceberem a realidade difícil que vivem e, como ela, sofrerão as consequências por tais decisões.

Cabe agora saber qual será o lado que seguirão, após as bolhas estourarem: Se adaptarão à nova realidade do verdadeiro valor ou insistirão em apostar no prejuízo como valor moral (ou imoral).

Referências:

Orçamento do live action de 2025: https://alphafm.com.br/geral/branca-de-neve-qual-foi-o-orcamento-da-nova-producao-da-disney/#:~:text=Qual%20foi%20o%20or%C3%A7amento%20do,maiores%E2%80%9D%2C%20escreve%20o%20portal.

Números Branca de neve 1937: https://www.the-numbers.com/movie/Snow-White-and-the-Seven-Dwarfs#tab=summary

Custo de produção do filme original: https://www.guinnessworldrecords.com/world-records/highest-box-office-film-gross-for-an-animation-inflation-adjusted#:~:text=The%20film%20took%20four%20years,and%20seven%20smaller%2Dsized%20awards.

Bilheteria Branca de Neve de 1937 um mês após o lançamento: https://web.archive.org/web/20200702034422/https://www.history.com/this-day-in-history/disney-releases-snow-white-and-the-seven-dwarfs

Calculadora de dólar x inflação americana: https://data.bls.gov/cgi-bin/cpicalc.pl?cost1=8000000&year1=193701&year2=202503
Segunda calculadora dolar x inflação: https://www.usinflationcalculator.com/