Por que a violência nos ESTÁDIOS DE FUTEBOL só AUMENTA? COMO RESOLVER?

A violência antes do jogo entre Santa Cruz e Sport evidencia que as soluções estatais para o problema são inúteis.

Santa Cruz Futebol Clube e Sport Club do Recife são dois dos principais clubes de futebol profissional da cidade do Recife, em Pernambuco. A partida de futebol disputadas entre esses dois times é chamada de Clássico das Multidões, uma vez que as duas equipes reúnem a maior quantidade de torcedores no estado.

O jogo entre Santa e Sport realizado no Estádio do Arruda, casa do Santa Cruz, no dia primeiro de fevereiro de 2025, terminou com a vitória do Santa Cruz por 1 a 0 sobre o Sport.

Contudo, infelizmente, mais uma vez, o destaque nos noticiários não foi a partida disputada dentro de campo, mas a selvageria ocorrida fora de campo: a pancadaria e o quebra quebra registrados na cidade do Recife ainda antes da partida.

Se, por um lado, o clássico entre Santa Cruz e Sport coleciona mais de um século de tradição e jogos memoráveis; por outro lado, lamentavelmente, as torcidas organizadas que alegam ter vínculos com os respectivos clubes parecem sempre estar envolvidas em episódios de violência entre si ou contra outras torcidas organizadas.

Como resposta as últimas cenas de violência praticadas por marginais antes da vitória do Santa no jogo, a governadora do Estado de Pernambuco, Raquel Lira, pesou a mão e de forma arbitrária, autoritária e inconsequente decretou que os próximos 5 jogos das duas equipes não teriam público. Poucos dias depois a justiça derrubou essa proibição absurda.

Mas tendo em vista que o problema da violência dentro e fora dos estádios de futebol não é um problema que se limita ao clássico entre Santa Cruz e Sport, à cidade do Recife ou ao Estado de Pernambuco, mas que atinge todo o futebol brasileiro, cabem as seguintes perguntas: Quais as origens da violência ligada ao futebol? Qual a resposta adequada a ser dada em tais casos? Como solucionar o problema?

Imagens veiculadas na internet e na televisão mostram que 01 de fevereiro de 2025 foi um dia conturbado no Recife devido aos conflitos envolvendo as torcidas organizadas de Santa Cruz e Sport momentos antes do Clássico das Multidões.

O Estado de Pernambuco vem tentando resolver o problema aplicando soluções das mais diversas possíveis, mais parecendo que estão tentando resolver o problema por tentativa e erro. A princípio, tentaram proibir a entrada de bandeiras nos estádios sob a justificativa de que o pau da bandeira poderia ser utilizado para brigas.

No embalo das bandeiras proibiram confetes, serpentinas, sinalizadores… Todavia, tais proibições não tiveram outra consequência senão a de tornar o espetáculo da torcida menos colorido e animado. Os índices de violência continuaram subindo da mesma forma.

As proibições nos estádios se seguiram e se somaram, tornando-se várias.

Dentre elas podem ser citadas a proibição de fogos de artifício, a proibição das latas metálicas de cerveja ou refrigerante, a proibição de garrafas de vidro de bebida alcoólicas. Nada funcionou e a violência continuou.

Depois culparam o álcool pela violência: ele foi banido dos estádios de futebol; depois, dos arredores dos estádios de futebol – e assim permaneceu por muito tempo.

Proibiram até a venda do salsichão, sob a justificativa de que o espeto de madeira poderia ser usado como uma arma.

Na crescente louca do proibicionismo nos estádios de futebol, cogitaram até mesmo proibir o tradicional rádio de pilha dos estádios de futebol pernambucano, medida que não foi adiante por ter sido fortemente combatida pela imprensa pernambucana, especialmente, pelas emissoras de radio de Pernambuco.

Não apenas nenhuma dessas medidas resolveu o problema como também foram tirando o brilho do futebol como espetáculo, como entretenimento. O resultado foi não apenas o esvaziamento dessas praças esportivas.

Não obstante, outras medidas foram tomadas sob a justificativa de manter a ordem e a paz social, como a de revistar todos os torcedores que desejam entrar no estádio de futebol, inclusive, vasculhando bolsas dos torcedores, sendo eles suspeitos ou não do que quer que seja.

Por mais que alguns possam defender tal iniciativa, ela apenas ajudou a marginalizar o esporte e afastar as pessoas, tornando os estádios de futebol mais parecidos com presídios do que com cinemas e teatros.

Tendo em vista que nada impedia o avanço da violência e nem o crescimento da selvageria nos estádios ou em suas vizinhanças, passou-se também a direcionar para os estádios de futebol e arredores os efetivos da cavalaria e do canil da polícia, além do batalhão de choque, o que por um lado pode trazer uma sensação de segurança, mas que por outro, trouxeram um clima constante de tensão aos locais que se tornaram praças de guerra em potencial.

A solução que até agora teve resultados mais satisfatórios foi a da torcida única – que, inclusive poderia ter sido adotada e evitaria problemas, mas foi descartada pelas autoridades do Estado de Pernambuco.

A novidade agora é que as mentes brilhantes do Ministério Público de Pernambuco querem o cadastramento biométrico dos torcedores… ou seja, o MPPE acha normal e razoável que se aplique aos estádios de futebol de Pernambuco uma medida que não se aplica nem nos presídios.

O Ministério Público de Pernambuco é uma vergonha! É uma instituição que de tão patética não deveria nem ser consultada: para dar uma solução dessas, seria melhor que não tivesse dado recomendação nenhuma.

Ante o exposto, cabe o questionamento: Será que a violência nos estádios sempre existiu como existe hoje? Será que sempre existiu proibição dentro e fora dos estádios? A resposta é não: a violência nos estádios é um fenômeno novo, as coisas não eram assim no passado.

Basta perguntar aos torcedores mais velhos, ao seu avô ou ao seu pai, por exemplo. Ele vai dizer que no passado as torcidas se misturavam e que as pessoas levavam até rojão para soltar dentro dos estádios.

Mas, se era assim, o que mudou? Qual a raiz do problema? É preciso dizer com todas as letras que a principal e mais provável causa de violência generalizada presente não apenas nos estádios de futebol mas em todo o país foi o desarmento amplo e irrestrito da população.

Sim, o desarmamento! Se, atualmente, o Brasil vive uma epidemia de violência nas partidas de futebol, é em decorrência do desarmamento civil.

Antes, nos tempos de nossos bisavós, qualquer pessoa – ainda que analfabeta – poderia ter uma espingarda dentro de casa para proteger a si, a própria família, o próprio patrimônio, e ainda, se necessário, ajudar a proteger também os vizinhos.

Nos tempos de nossos pais, vídeos do Youtube são registros de que ainda era possível comprar pistolas na antiga Mesbla.

Nessa linha do tempo, tudo mudou para pior depois que uma praga de proporções bíblicas denominada Partido dos Trabalhadores, encabeçada por um canalhocrata chamado Lula, ditou, impôs, o Estatuto do Desarmamento contra a vontade popular.

A mídia vendida e decadente, antes denominada de grande mídia, que hoje finge perplexidade com os fatos ocorridos em Pernambuco, foi e continua sendo cúmplice do PT.

A princípio, pode-se imaginar que com a volta do armamento civil todos os membros de torcidas organizadas se armariam com arma de fogo, abandonando as brigas com paus e pedras. Porém, a primeira coisa que aconteceria seria a volta do bom-senso.

A certeza da impunidade para tais vândalos cairia por terra.

Se, por uma lado, o efeito psicológico do armamento civil faria a sociedade se sentir mais segura, restaurando a confiança dos indivíduos em si mesmos e na comunidade, pois o armamento estaria em porte e posse de uma maioria de pessoas idôneas. Por outro, o efeito psicológico do armamento civil seria de dissuasão para os membros das torcidas organizadas, que sequer conseguiriam confiar nos próprios pares, uma vez que haveria uma suspeita constante da arma estar em mão de pessoas inidôneas presentes naquele turba.

A situação se tornaria insustentável para as torcidas organizadas, pois, numa situação de legítima defesa envolvendo algo ou alguém injustamente agredido, os membros da torcida organizada correriam o risco real de pagar pelo injusto praticado, seja sofrendo danos à incolumidade física, seja pagando com a vida pelos crimes que tentassem cometer.

Diferentemente do que defendem os desarmamentistas da excrecência do PT, da perniciosa Rede Globo e do satânico Instituto “Sou da Paz”, o desarmamento civil não trouxe mais segurança para o Brasil, mas sim, ajudou a dinamitar o império da lei no país, criando incentivos para os perpetradores do caos e da desordem social.

Não se trata de extinguir as torcidas organizadas, se trata de fazer com que paguem pelas consequências de seus atos. Se a lei brasileira é leniente, verdadeiro incentivo a condutas sociais perniciosas, que os vândalos esportivos, pelo menos, tenham temor – pensem duas vezes – frente a possibilidade de irem parar no hospital ou para no cemitério em função das próprias condutas.

Numa região onde tudo remete à tradição e à cultura, onde o futebol transcende o mero aspecto de prática desportiva, tornando-se parte integrante da identidade dos elementos que compõem a identidade pernambucana, Raquel Lira resolveu punir as instituições Santa Cruz e Sport.

Ao proibir o público de ir aos jogos, Raquel Lira adotou o caminho das respostas paliativas, populistas e midiáticas. Ela deixou de punir os verdadeiros responsáveis, que são os bestializados que estavam brigando pelas ruas do Recife antes da partida, para punir os clubes e os torcedores – que em sua maioria são contra as torcidas organizadas e que não estavam envolvidos diretamente na confusão.

Espera-se é que em 2026, tanto a torcida do Santa Cruz e quanto a torcida do Sport se lembrem dessa punição aplicada pela Governadora Raquel Lira contra eles e deem a resposta na eleição para o Governo de Pernambuco.

Espera-se também que os referidos torcedores e a sociedade brasileira em geral percebam que para mudar o cenário de violência nos estádios de futebol e em todo o país será necessário investir em ideias armamentistas – escopo magno da segurança pública. Não que o estado seja a solução para alguma coisa, mas ao menos se nos livrarmos de políticos intervencionistas e contra o armamento civil como Lula e Raquel Lira, as coisas tendem a caminhar para um cenário melhor.

Referências:

https://www.poder360.com.br/poder-justica/pernambuco-proibe-torcida-em-jogos-de-santa-cruz-e-sport/

https://www.infomoney.com.br/esportes/recife-governo-proibe-torcidas-de-santa-cruz-e-sport-em-5-jogos-apos-tarde-de-terror/