Enquanto o Brasil de Lula e Haddad teve o maior déficit fiscal da história em 2023, a Argentina de Milei conseguiu entregar um resultado fiscal surpreendente.
Javier Milei, o presidente libertário, segue comendo o pão que o diabo amassou lá na Argentina - em se tratando da oposição política, é claro. Todo mundo sabia que a coisa não seria fácil - incluindo, aí, o próprio Milei. O revés sofrido pela sua Lei Omnibus, poucos dias atrás, demonstra, de forma evidente, que o sistema não vai ceder fácil às medidas de liberdade econômica propostas pelo novo presidente. Mas a verdade é que Javier Milei pouco se importa com isso; o que ele quer, de fato, é reformar o país, o mais rápido possível.
Usando uma estratégia mais do que vencedora, o novo presidente está conseguindo resolver o problema fiscal do país - para invejinha de todos nós, brasileiros. O governo Milei simplesmente parou de imprimir dinheiro, como faziam os seus antecessores - justamente para evitar o avanço da inflação, que é, na verdade, o aumento da base monetária. O governo também promoveu uma série de medidas visando o aumento da liberdade econômica - o que, por sua vez, melhora a economia e traz mais divisas para o governo. Por fim, Milei também cortou gastos estatais de forma profunda. Na verdade, os gastos de capital caíram mais de 50%, em comparação com o mesmo período do ano anterior - isso sem considerar os efeitos da inflação!
E, agora, os resultados de todas essas medidas econômicas se tornam visíveis. No mês de janeiro deste ano, a Argentina registrou o seu primeiro superávit mensal em quase 12 anos. A última vez que isso aconteceu, foi no longínquo agosto de 2012. Na comparação com o mês de janeiro de outros anos, não se tinha um resultado semelhante desde 2011. Só que essa notícia é ainda melhor do que parece, num primeiro olhar; afinal de contas, estamos falando de um superávit real, e não apenas de um superávit primário.
É sempre bom relembrar a diferença entre esses dois conceitos, especialmente porque, no Brasil, a ideia de superávit primário serve para mascarar o buraco fiscal em que o país está metido há décadas. O termo superávit se refere a uma situação em que as receitas de um governo são menores do que suas despesas, num determinado período de tempo. Podemos chamar isso de “fechar as contas no azul” - o que seria o exato oposto do déficit, que é um rombo fiscal. Isso, por si só, é bastante simples de entender - sendo até mesmo muito intuitivo.
Porém, em se tratando de contas estatais, a coisa não pode ser tão transparente assim. Acontece que, geralmente, se exclui da conta do superávit o pagamento dos juros da dívida pública. Para fundamentar essa maquiagem fiscal, criou-se o conceito de “superávit primário” - ou seja, quanto que o governo conseguiu ter de resultado positivo, antes de pagar o serviço da dívida. Obviamente, nem sempre esse resultado primário é suficiente para custear os juros, o que significa que, na prática, o país observa um déficit nominal, disfarçado de superávit.
Veja que esse foi o caso, por exemplo, do resultado apresentado pelo governo Bolsonaro, em 2022. Naquele ano, as contas públicas tiveram um superávit primário de quase R$ 60 bilhões - o que é bom, mas longe de ser o suficiente para pagar os juros da dívida daquele ano. Na prática, portanto, o resultado nominal foi negativo. Agora, pense no tamanho do buraco que foi o resultado de 2023, já na gestão Lula - um déficit primário superior a R$ 200 bilhões. Na prática, a dívida pública brasileira cresceu muito mais do que isso em 2023, justamente por causa dos juros - no total, trata-se de um aumento de quase R$ 600 bilhões no montante da dívida.
Pois bem: o governo Milei apresentou um superávit primário, em janeiro deste ano, de 2 trilhões de pesos - o equivalente a US$ 2,4 bilhões. Sim, isso é uma montanha de dinheiro, principalmente se formos levar em conta que a Argentina é um país com sérios problemas econômicos estruturais. A verdade, contudo, é que esse valor é, acredite ou não, superior ao necessário para pagar o serviço da dívida pública daquele mês. Portanto, o governo Milei conseguiu apresentar um superávit nominal (também chamado de financeiro) de 518 bilhões de pesos - ou cerca de US$ 600 milhões, a depender do câmbio. Em resumo, o governo pagou tudo o que tinha que pagar, sem floreios, nem maquiagem, e ainda sobrou uma bela de uma grana. É competência que se chama?
Veja como, sob todos os aspectos, esse é um resultado fenomenal, conseguido em menos de 2 meses de governo, por parte de Javier Milei e de sua equipe econômica. Isso, na prática, representa o seu cartão de visitas, tanto para o povo argentino, quanto para a opinião pública no exterior. Milei mostrou ao que veio e, principalmente, o quanto as suas medidas de liberdade econômica são acertadas. Perceba, ainda, que este é o primeiro mês inteiramente governado pelo presidente libertário - uma vez que ele recebeu a faixa presidencial apenas no dia 10 do mês anterior. É isso que chamo de começar com o pé direito!
Porém, enquanto a Argentina de Milei apresenta resultados econômicos surpreendentes, os patetas do governo Lula, aqui no Brasil, ainda batem cabeça sobre o tamanho do déficit primário que teremos em 2024. Embora a meta oficial seja de um resultado equilibrado, todo mundo sabe que vai ter algum grau de rombo fiscal este ano - com as opiniões variando, apenas, no tamanho desse rombo. Enquanto Fernando Haddad ainda bate o pezinho, dizendo que vai conseguir atingir essa meta, seu chefe, o próprio Lula, já jogou a toalha faz tempo. Em suas próprias palavras: “se der para fazer superávit zero, ótimo. Se não der, ótimo também”. Compare isso com a política de Javier Milei, de que o “déficit zero não se negocia”, e você vai perceber o tamanho do buraco em que o Brasil se meteu.
Por aqui, a estratégia adotada pelo governo do Molusco é oposta àquela do presidente libertário. Lula e sua trupe tentam, a todo custo, aumentar a arrecadação estatal - principalmente, por meio de impostos incidindo sobre absolutamente tudo. Comprinhas na Shein, dividendos e JCP, apostas online - nada escapa da sanha arrecadatória do governo Lula. Já a ideia de cortar gastos… bem, isso nem pensar! Nenhum petista jamais vai aceitar a possibilidade de o estado cortar na própria carne para controlar a questão fiscal. Obviamente, por seguir o exato caminho oposto de seu par argentino, Lula está levando o Brasil para o desastre.
Só que isso, sem dúvidas, vai ser uma tragédia para a imagem do petista - e não tem IBGE que dê conta de maquiar números tão ruins! A comparação do governo brasileiro com o governo argentino será inevitável. Todos perceberão que Lula não vai conseguir fazer, em 2 anos, o que o Milei fez em apenas 2 meses de mandato. E todos também se lembrarão de que a Argentina que o presidente cabeludo recebeu de seus antecessores é uma tragédia completa. Obviamente, isso não se aplica ao Brasil que Lula herdou de Bolsonaro, que ia muito bem das pernas, obrigado.
Pois então, o que explica a discrepância de resultados entre os dois presidentes? A resposta é muito simples: o governo Lula sofre de um crônico problema de incompetência em matéria econômica. Tudo o que o Molusco e sua gentalha têm feito, até o momento, é repetir os erros do passado, para levar o Brasil para o mesmo buraco em que o petismo o enfiou, uma década atrás. Desta vez, contudo, o governo petista parece estar indo com ainda mais sede ao pote.
Enquanto isso, Milei continua fazendo o certo, de forma rápida, como deveria mesmo ser feito - e sem se preocupar com a oposição escandalosa. O presidente libertário mostrou o caminho a ser seguido para quem quer recuperar uma economia: redução do tamanho do estado e promoção da liberdade econômica. E isso é apenas o começo dessa história! O seu objetivo maior, que é dolarizar a economia, ainda não foi alcançado - mas isso é apenas uma questão de tempo. Quando isso acontecer, e o dinheiro dos hermanos for tirado das mãos dos políticos argentinos, então a hiperinflação será coisa do passado.
É claro que nós, libertários, sabemos que a solução real nunca está no estado - e o próprio Javier Milei sabe disso, muito bem. Contudo, ele está fazendo o certo, justamente por dar ao estado sua única utilidade - que é diminuir seu próprio tamanho e reduzir as restrições à liberdade econômica. É por conta dessas medidas, reduzindo a intromissão do estado na sociedade, que os primeiros resultados positivos começam a aparecer - e eles vão continuar aparecendo, sem dúvidas. De fato, Milei têm consciência daquela verdade que todos nós, libertários, sabemos muito bem: o governo não é capaz de enriquecer o povo. Apenas o próprio povo é capaz de enriquecer a si próprio, se for deixado livre para agir.
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https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-01/divida-publica-fecha-2023-em-r-652-trilhoes