Desaprovação de Lula SUPERA a aprovação

A promessa de "picanha e cervejinha" se transformou em "imposto e regulação", e agora o brasileiro está percebendo que o sonho virou pesadelo.

Nos últimos anos, a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou pela pior baixa de seu mandato, refletindo a percepção da população sobre sua administração. Em um período de instabilidade econômica, política e social, a pesquisa mais recente sobre sua gestão apresenta um cenário preocupante, com uma desaprovação crescente. Levantamento realizado pela AtlasIntel em janeiro, indica que a descrença no desempenho do presidente Lula atingiu 49,8% ao final de 2024. Trata-se do percentual mais alto registrado durante os dois anos de administração do petista. De acordo com a pesquisa, 47,8% dos participantes aprovam o Lula 3. Dois por cento não souberam responder. Os percentuais negativos em relação ao presidente variaram positivamente dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. E vem apresentando uma tendência ascendente desde abril, quando o petista tinha uma avaliação negativa por 43,4% dos brasileiros. Em outra análise, 44,6% dos indivíduos classificam o desempenho do governo como "ruim" ou "péssimo". Outros 40,8% classificaram a gestão como "ótimo" ou "bom", enquanto 13,3% a classificaram como "regular". Os dados foram recolhidos entre os dias 26 e 31 de dezembro de 2024, através de formulários eletrônicos aleatórios. Entrevistaram-se 2.873 indivíduos. A margem de erro percentual é de 2 pontos e a margem de confiança é de 95%.

Esta visão revela uma mudança significativa em relação à primeira vez que o molusco assumiu a presidência. Lula deixou a presidência da república em janeiro de 2011 com a maior taxa de aprovação da história: 87% dos brasileiros consideravam seu governo positivo. Lula parece viver entre extremos, indo de uma ponta a outra da aprovação popular. Em seu terceiro mandato, cada nova pesquisa mostra que a tendência parece ser uma escalada de desaprovação, o que pode sinalizar um processo de desgaste irreversível.

Porém, a análise desses dados não pode se resumir a uma simples estatística. É necessário entender a fundo como o cenário de popularidade de Lula foi modificado ao longo do tempo. Essa queda na aprovação não é apenas um reflexo de fatores externos, como a alta do dólar ou a inflação, mas também uma consequência direta da ineficiência em cumprir promessas centrais feitas durante a campanha eleitoral de 2022. A promessa de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, simbolizada pelo icônico discurso da “picanha e cervejinha”, foi rapidamente abafada por uma realidade econômica muito diferente. O aumento de impostos, a criação de tributos sobre compras no exterior e a expansão do estado, que beneficiou certos grupos, mas prejudicou em grande parte os pequenos empresários, foi outro fator crucial para o desgaste da imagem do governo.

Os brasileiros, que depositaram sua confiança nas promessas de um governo capaz de gerar prosperidade e equilíbrio fiscal, agora se veem em um cenário totalmente distinto. Lula prometeu superávit fiscal, mas, no final de 2023, o governo apresentou um resultado negativo, frustrando expectativas e gerando desconfiança no mercado e na população. A revisão das metas fiscais, em um momento de crise econômica, revelou uma falta de consistência, minando ainda mais a confiança nas intenções do governo e nos números divulgados. A ampliação do papel do estado, alimentada por medidas como o “Novo PAC” e o programa “remessa conforme”, indicam tentativas de mascarar uma crise crescente, ao mesmo tempo que ampliam o controle estatal sobre as áreas mais críticas da economia. Este movimento não apenas enfraquece a economia, mas também apresenta desafios consideráveis ao empreendedorismo, com milhões de empresas encerrando suas atividades em 2023, impactando diretamente na criação de empregos e na renda da população.

As políticas econômicas implementadas por Lula, tais como o protecionismo e o aumento da intervenção do estado, afetam negativamente a competitividade da indústria brasileira, afastando investidores e complicando a retomada econômica. Enquanto o governo tenta regular o mercado e manipular as condições econômicas, o mercado, graças à sua maior eficácia, poderia proporcionar soluções mais ágeis e apropriadas, sem a exigência de tantas ações de controle e regulamentação. Em vez de ser uma resposta, o estado sempre foi a principal fonte do problema. E não é só isso: o governo Lula também enfrentou turbulências geradas pelo próprio comportamento nas redes sociais e na opinião pública. Os memes, como os que circulavam sobre o ministro Haddad e suas propostas de taxação, ilustram bem esse ponto. Enquanto o governo tenta controlar as narrativas e minimizar o impacto de informações irreais, a verdade é que o fenômeno dos memes se alimenta da insatisfação popular. Eles se propagam e ganham força justamente porque há um fundo de verdade que os sustenta. Quando a população acredita nas mensagens veiculadas, seja em memes ou em outras formas de comunicação, o governo não pode mais controlar as narrativas. E isso se reflete diretamente na queda da popularidade.

A pressão sobre o governo, alimentada pela insatisfação com o aumento de impostos e o desgaste da confiança popular, levou a um desespero visível entre os membros da administração. Internamente, as pesquisas devem apresentar dados ainda mais alarmantes do que os divulgados ao público, sinalizando que o governo Lula está em um estado de crise constante. Ao invés de focar na resolução dos desafios econômicos e fiscais do Brasil, o governo parece estar mais focado em regular as narrativas e lutar contra a "propagação de notícias falsas" e memes, que frequentemente espelham o descontentamento do povo. O receio de um colapso político e da desintegração da base de sustentação é perceptível, pois até a esquerda, que historicamente apoiava Lula, começa a se afastar.

A tentativa governamental de controlar a narrativa, exemplificada pela reação a memes e pela regulamentação das redes sociais, demonstra uma deficiência considerável na compreensão do contexto digital. Parece que o governo desconsidera o impacto massivo que as redes sociais e os memes exercem na formação de opiniões. Cada esforço para silenciar ou diminuir a credibilidade de quem propaga mensagens controversas, apenas intensifica o efeito Streisand, atraindo a atenção para algo que se pretendia esconder, resultando em ainda mais rejeição. A falta de conectividade digital do governo Lula se manifesta na incapacidade de gerenciar essas novas formas de comunicação, que são muito mais velozes, complexas e imprevisíveis do que a mídia convencional que ele costumava regular. Uma das principais causas desse declínio da narrativa governamental é a informação distribuída na internet, que torna o estado cada vez mais ineficaz em formar a opinião pública. A descentralização de plataformas, como as redes sociais, torna ainda mais desafiador para os estados manterem um domínio completo sobre a informação. As tentativas de retomar esse domínio, por meio de ações de censura e regulamentação, apenas destacam esse processo de fragmentação do poder central, gerando ainda mais insatisfação popular.

E esse comportamento desesperado do governo Lula reflete uma crise mais profunda. A sensação de pânico não se limita apenas à diminuição da popularidade e crescimento da desaprovação, mas também reflete o aumento da insatisfação dos indivíduos com as políticas econômicas e sociais do governo. A valorização do dólar, a inflação e o aumento do custo de vida têm contribuído para a perda de poder aquisitivo das famílias no Brasil. Até aqueles que fizeram o L e votaram no molusco estão sendo forçados pela realidade ao seu redor, a deixar a base de apoio de Lula. E nesse contexto de crise, até mesmo os aliados históricos do presidente, como o PSOL, estão começando a questionar sua liderança e vislumbrando novas lideranças para o pleito de 2026. A tentativa de se manter no poder a todo custo, como se o governo estivesse em um ciclo eterno de tentativa e erro, só vai acelerar a perda de apoio e acelerar a descida da população.

O papel do governo Lula na expansão do estado, a busca incessante por aumentar o controle da economia e a tentativa de centralizar cada vez mais as decisões, é um reflexo de um modelo que precisa ser questionado. Embora as mazelas do intervencionismo já se façam sentir, não há muito otimismo no sentido de mudança da visão que o eleitorado brasileiro tem de políticos estatistas. O brasileiro já elegeu diversos socialistas que devotam seus mandatos à expansão da máquina estatal, e mesmo sentindo as consequências do intervencionismo, o povo parece sempre estar pronto para cometer o mesmo erro. Por isso, como libertários, propomos uma alternativa viável: abolir o estado e substituí-lo por uma sociedade de leis privadas baseada em posições éticas.

Sem a interferência dos impostos, o mercado poderia funcionar sem restrições, criando soluções mais eficientes para a disponibilização de bens públicos, enquanto cada pessoa teria total domínio sobre o produto de seu esforço. Essa mudança não ocorrerá através da violência ou qualquer levante armado. Não virá também através de reformas políticas, já que o eleitorado possui um fascínio para com seu algoz. Não é necessária uma grande organização centralizada, por parte da sociedade, para a extinção do estado. Na realidade, esse processo já vem ocorrendo há décadas: a tecnologia está gradualmente tornando o estado ultrapassado. A queda do leviatã começará devagar, porém, com o passar do tempo, atingirá o mundo de maneira devastadora, conforme a sociedade começa a reconhecer sua insignificância. A superioridade do mercado, com a sua capacidade de adaptação e inovação, poderá atuar e resolver os problemas do Brasil sem a necessidade de um governo excessivamente interventor. Portanto, é só questão de tempo até que todos os estados sejam extintos, no entanto, enquanto o governo insistir em sua sobrevivência, crises e ineficiência econômica sempre estarão presentes. Não esqueça que o governo nunca solucionará essas questões, e que você precisa enfrentar essa crise por conta própria. Ao se tornar independente e blindar seu dinheiro contra o estado, basta apenas relaxar e aguardar a tempestade passar. 

Referências:

https://www.poder360.com.br/poder-pesquisas/atlasintel-desaprovacao-de-lula-chega-a-498-a-maior-do-mandato/

https://g1.globo.com/politica/noticia/2010/12/popularidade-de-lula-bate-recorde-e-chega-87-diz-ibope.html