Se o estado não atende nem você que mora numa grande cidade brasileira, imagina como é depender do estado na BR-319? Então venha descobrir conosco nessa jornada.
O canal "Livre Como o Vento" é uma verdadeira ode à liberdade, narrando as jornadas de Fran e Osvaldo, um casal aventureiro apaixonado por estrada. Eles já percorreram praticamente o Brasil inteiro e até parte da América do Sul, sempre em busca de novas experiências e desafios, a bordo de seu motor home, um clássico ônibus O364, ano 1980, carinhosamente apelidado de Mamute.
Com eles, viajam também seus fiéis companheiros de quatro patas: Farpa, o cachorro, e Nina, a gata, ambos acostumados a explorar os cantos mais remotos do Brasil e a viver intensamente as viagens e descobertas de um estilo de vida nômade. Para o casal, cada dia é uma nova chance de se reconectar com o mundo, com seus valores e, sobretudo, de celebrar a própria liberdade.
No entanto, foi justamente em uma dessas viagens que a liberdade que tanto buscavam se transformou em um pesadelo, colocando à prova não apenas o espírito de superação do casal, mas também expondo as duras realidades de um sistema de saúde fragilizado e de uma infraestrutura pública deficiente, que, para muitos, permanece longe do ideal de progresso e de civilização.
A BR-319, a mítica rodovia que liga Porto Velho em Rondônia, à Manaus no Amazonas, tem cerca de 900 km no total, sendo que cerca de 400 km compõe o "trecho do meio", ou seja, não tem asfalto, não tem posto, não tem restaurante, sequer gente tem. É um dos trechos de rodovias mais isoladas e desafiadoras do Brasil. Essa estrada, a única que conecta Manaus ao restante do país, é uma via de vida e morte para quem depende dela. Ao mesmo tempo em que é uma artéria vital para o Amazonas, a BR-319 é um retrato do atraso e da negligência. Repleta de buracos e com trechos de lama intransitáveis, faz parte de um Brasil que não avançou tanto quanto deveria. E que ninguém se engane aqui, não avançou porque políticos e lobistas fizeram e ainda fazem de tudo para que a Amazônia não saia da idade da pedra polida.
O caso é que o casal, viajando por essa rodovia remota quando, no meio do trajeto, um acidente mudou radicalmente o rumo da viagem. Osvaldo sofreu uma fratura grave no fêmur. A dor foi imediata e intensa, mas o sofrimento de Osvaldo não se limitou à lesão física. Como se não fosse suficiente a gravidade do acidente, o casal se viu no epicentro de um caos que os desafiaria a lutar pela vida e pela sobrevivência.
As primeiras horas após o acidente foram marcadas pela solidariedade de algumas pessoas que passavam pela estrada esburacada. Sem recursos médicos adequados e com uma estrada cheia de obstáculos, a ajuda que Fran e Osvaldo receberam foi muito mais emocional do que física. Eles conseguiram improvisar uma maca e imobilizar a perna de Osvaldo com galhos de árvores, utilizando cordas e tecidos para tentar garantir que ele não se movimentasse mais. A falta de infraestrutura e assistência médica no local os forçou a depender da boa vontade de quem cruzava o caminho.
O maior desafio, porém, estava por vir: o transporte de Osvaldo até um hospital. A BR-319, com seus buracos e trechos de lama, torna qualquer viagem uma verdadeira tortura. O carro que os auxiliou não estava preparado para o transporte de feridos e, portanto, Osvaldo precisou ser transportado de maneira improvisada, deitado em uma maca feita de forma precária, dentro de um veículo de passeio comum. O sofrimento de Osvaldo foi intensificado por cada impacto e cada balanço da estrada esburacada. O buraco no chão, os saltos repentinos e os solavancos a cada quilômetro tornaram o transporte uma verdadeira prova de resistência. Cada metro percorrido parecia uma eternidade, e cada movimento na maca era uma apunhalada de sofrimento a mais.
Após esse percurso, por fim, chegaram ao hospital público, onde o sistema de saúde deveria, teoricamente, oferecer o suporte necessário. No entanto, a realidade do hospital público em Itaituba foi um choque ainda maior. Ao chegar ao hospital, Osvaldo foi colocado em uma fila de espera interminável, a menos que ele fosse um Faustão. Ele precisava de sangue para realizar a cirurgia, mas, devido à escassez de doadores e à burocracia do sistema público, passou dez dias aguardando a transfusão necessária para a operação, e nada! A frustração era crescente. Ela via o sofrimento do marido se estender por dias, e ainda tinha que enfrentar a indignação de ver a falta de estrutura, recursos e a morosidade do processo.
No Brasil, a doação de sangue é um processo regulamentado, mas a proibição da venda de sangue, embora tenha boas intenções, contribui para a escassez de doações e a burocracia do processo. O sistema público de saúde, já sobrecarregado, sofre com a falta de doadores, e isso, inevitavelmente, coloca vidas em risco. Ficou claro que o sistema não estava preparado para lidar com uma situação de emergência com a agilidade que se exigia, e a espera estava colocando a vida de Osvaldo em risco.
Sem mais alternativas, Fran se viu obrigada a recorrer aos seus seguidores no canal "Livre Como o Vento". Ela pediu ajuda aos inscritos, explicando a situação dramática pela qual passavam. Foi aí que a solidariedade mais uma vez se fez presente, desta vez de forma online. Os inscritos do canal, comovidos com a situação, começaram a enviar doações para ajudar a transferir Osvaldo para um hospital particular. Fran conseguiu, então, a transferência do marido, e no hospital privado, a história tomou outro rumo.
Surpreendentemente, no hospital particular, Osvaldo foi atendido e o sangue necessário para a cirurgia foi disponibilizado no mesmo dia. A cirurgia, que estava sendo adiada há dias, aconteceu de forma quase imediata, e Osvaldo finalmente recebeu o tratamento de que tanto precisava. Esse contraste entre o atendimento público e o privado é chocante e nos leva a uma reflexão profunda. Por que o sistema privado conseguiu agir com rapidez, enquanto o público, apesar de estar em uma situação de emergência, não conseguia atender às necessidades de maneira eficiente?
A resposta para essa pergunta é dolorosa e clara: enquanto o sistema público é engessado, burocratizado, corrupto, escasso em recursos e em profissionais, o sistema privado tem flexibilidade, melhores recursos e a capacidade de priorizar o atendimento imediato aos pacientes. O setor privado, que detém os incentivos alinhados, consegue garantir o que o público, por uma série de limitações, não consegue. Mas o que fica evidente é a desigualdade de tratamento, a desigualdade de acesso e a desigualdade de direitos entre os cidadãos que dependem de cada um desses sistemas. No fundo o SUS obedece a apenas duas diretrizes: enriquecer políticos e matar pobres!
No fundo veja que, o que funciona no Brasil ou vem da ação voluntária das pessoas: como o suporte ao ferido, o transporte até o hospital e o levantamento de recursos; ou vem do livre-mercado: como o hospital particular. Em oposição ao do que vem do governo: estradas podres e hospitais carcomidos. Pois é, o sócio majoritário de todas as empresas, negócios e propriedades no país não cumpre sua parte no acordo e não há nada que se possa fazer! Os sofás da esbanja e as lagostas dos togados não vão se pagar por milagre!
Outro fator que agravou a situação do casal foi o contexto da BR-319, uma estrada essencial para a logística e a conexão do Amazonas com o resto do Brasil, mas que permanece em péssimas condições devido à proibição de órgãos governamentais em asfaltar a via. A rodovia não asfaltada, cheia de buracos e trechos intransitáveis, é um reflexo de um Brasil que, por questões políticas e ambientais, não consegue priorizar a infraestrutura que poderia melhorar a vida das pessoas. Mas quem no governo se importa com a vida das pessoas?
As decisões do IBAMA, ICM-Bio, Funai, IPHAN e INCRA, fora os órgãos estaduais, fora as ONGs que fazem pressão e os lobistas de interesses estrangeiros, são totalmente desconectadas da realidade das comunidades que dependem da estrada. As ONGs, com suas intenções de "proteger" o meio ambiente, pressionam para que o asfaltamento seja evitado, mas ignoram as consequências para a população local, que enfrenta dificuldades imensuráveis devido à falta de infraestrutura adequada. O isolamento gerado pela falta de asfaltamento contribui para a miséria, o atraso e a dificuldade de acesso a serviços essenciais, como saúde, segurança e alimentação.
O casal não lutava apenas contra um acidente. Eles estavam enfrentando um sistema de saúde falido, uma infraestrutura de transporte deficiente e políticas públicas que, ao invés de promover o bem-estar da população, acabam prejudicando ainda mais quem já vive nas periferias do desenvolvimento. Agora o que chocou nossos queridos aventureiros numa expedição, se trata do dia a dia de um povo destemido e incansável, mas sofrido e pisoteado pelo mastodonte de Brasília.
Essa experiência traz à tona questões importantes sobre a gestão pública, a distribuição de recursos e a verdadeira noção de sustentabilidade. Proteger o meio ambiente pode ser importante, mas proteger as pessoas é a prioridade! Como é possível justificar o atraso no desenvolvimento de uma região em nome da preservação ambiental, quando essa preservação, na prática, está deixando as comunidades locais em um estado de abandono e desespero?
Essa jornada pela BR-319 nos conta muito mais do que uma simples aventura. Ela permite uma reflexão profunda sobre a relação entre liberdade e responsabilidade, entre progresso e preservação, entre o público e o privado. Ao final, a verdadeira liberdade não está apenas na capacidade de viajar ou de sonhar, mas na possibilidade de acessar serviços como saúde, segurança e infraestrutura, que são cruciais para a manutenção da vida e desenvolvimento de todos os indivíduos.
O que aconteceu com o casal poderia acontecer com qualquer um e, na verdade, acontece todo santo dia com o povo que vive e sofre na Amazônia. E a pergunta que fica é: até quando o Brasil vai continuar permitindo que seus cidadãos tenham que lutar contra um sistema falido, contra rodovias esburacadas e contra políticas públicas que, ao invés de promover o bem-estar da população, a aprisionam em um ciclo de atraso e desigualdade?
Nós defendemos uma Amazônia Livre, para que as pessoas que lá vivem, delimitam e defendem sua propriedade privada, seja um terreninho 10 por 25, seja uma fazenda com milhares de hectares, decidam o que fazer com sua terra, sem ter que pedir benção a ninguém de Brasília. Que sejam soberanos em sua propriedade e que arquem com essa responsabilidade, que façam acordos com vizinhos e que construam parcerias produtivas e pacíficas. Que preservem a natureza ou utilizem os recursos naturais que dispõe. São decisões que competem única e exclusivamente a quem vive na terra!
E, assim como nessa tragédia familiar na Amazônia, no Rio Grande do Sul também emergiu o melhor da colaboração voluntária, em contraposição à ação predatória do governo. Veja agora esse caso no vídeo: "CENSURA sobre a INEFICIÊNCIA ESTATAL na TRAGÉDIA do RIO GRANDE DO SUL", o link segue na descrição.
"CENSURA sobre a INEFICIÊNCIA ESTATAL na TRAGÉDIA do RIO GRANDE DO SUL"
https://www.youtube.com/watch?v=dSy89CTK0Q4
https://youtu.be/wDVL8s-PQJ4?si=2aPso3ITT5JC3_Qb
https://youtu.be/lHAP7ecYAgM?si=19mVkc4PXOq2Lm62