O cinema japonês mais uma vez nos brinda com uma excelente animação, agora do clássico Ultraman.
Que privilégio viver em um tempo onde a informação corre na velocidade da luz e a um custo baixíssimo. Só assim mesmo para nós aqui do bananil termos acesso a produções japonesas, excelentes produções diga-se de passagem.
Enquanto lacrewood desaba em uma espiral descendente rumo ao inferno, destacam-se produções japonesas e koreanas, com alto valor artístico, de enredo e roteiro. Colocando-nos em contato com mundos fantásticos e personagens profundos, que nos permitem refletir sobre nós mesmos, nossas ações e nossa vida.
Essa nova adaptação do clássico Ultraman, em estilo animação, é uma verdadeira aula sobre o direito a vida e o respeito para com as crianças. O longa se chama “Ultraman - A Ascensão” e foi dirigido por John Aoshima, com roteiro de Marc Haimes.
O protagonista é Ken Sato e o enredo conta a história desde sua infância, quando seu pai o professor Sato, é o Ultraman original, que protegeu a cidade de Tóquio por mais de 30 anos contra a invasão dos Kaijus, aqueles monstros gigantes a la Godzilla.
E o que é mesmo esse tal de Ultraman? Ultraman é um herói enorme, que usa tecnologia avançada para crescer e se armar com poderes notáveis, a fim de se tornar capaz de lutar contra monstros gigantes que invadem as cidades do Japão. E este conceito é muito legal! Na presente releitura do personagem, não fica claro que ele deve matar os monstros, mas sim agir como protetor da cidade e preservador dos monstros.
Ultraman assim como usa tecnologia para crescer, também necessita de ética e sabedoria para manter-se forte e combatente. Caso contrário sua armadura perde o efeito e ele volta à forma humana. Há que se buscar o equilíbrio, é o que dizem. Talvez uma referência ao Yin Yang, não sei. Escreva ai nos comentários sobre a filosofia oriental de equilíbrio, por favor.
Mas o professor Sato está velho, cansado e doente. Já é hora de Ken Sato substituir o pai, tomando seu legado e assumindo a identidade do Ultraman na defesa do Japão. Mas Ken ainda é jovem e inexperiente, não compreendendo bem as consequências de suas ações.
Bem, até aqui temos a importância da família na criação de uma criança, do exemplo paterno de coragem e proteção, e do exemplo materno de carinho e compreensão.
Até que numa noite, a cidade é atacada por um enorme dragão chamado de Gigantron. Esse monstro procura por uma misteriosa esfera metálica protegida pelo governo. Na verdade, roubada pelo governo.
Mas tendo tomado a esfera dos mafiosos do governo, o dragão simplesmente vai embora. No que Ultraman o acompanha, até que os bandidos estacionários os alcançam com mísseis, que aparentemente matam o bicho e atingem Ultraman. O que faz descobrir que a esfera na verdade é um ovo de Gigantron.
Agora a coisa complica. Os agentes do governo japonês são tipo uma tecnocracia militarista que deseja desenvolver tecnologia de guerra para exterminar os Kaijus, que até o momento são pacíficos. De acordo com a ética da propriedade privada, o governo roubou o ovo do Gigantron, que usou de violência para recuperar seu ovo, sua filha no caso. Ai o estado dobra a aposta e contra-ataca o monstro causando efeitos colaterais, o que chamamos de externalidades negativas. Mas claro que não dá nada, ninguém será responsabilizado. É o estado fazendo de tudo para te proteger.
Nesse ponto também é importante esclarecer que sobre os filhos não recai posse ou propriedade, mas sim a responsabilidade da tutoria. Filhos não são propriedade de qualquer um dos pais. Filhos são indivíduos detentores de toda a natureza humana desde a fecundação do óvulo. São seres humanos em potência, como diria Aristóteles.
Aos pais cabe a responsabilidade de proteção e desenvolvimento desde enquanto óvulo fecundado, até que assumam o controle sobre suas vidas na idade adulta. É uma jornada longa e difícil. Mas inigualável em qualquer aspecto que você possa imaginar. É difícil até de explicar com palavras, só quem teve o privilégio de ser pai e mais ainda de quem foi mãe para me ajudar. Inclusive há um diálogo em que uma repórter diz a Ken Sato o que é ser mãe para ela: lindo, delicado e profundamente humano. Deixe também nos comentários o que é ser pai ou mãe para você.
Acaba que, com a explosão dos mísseis o ovo se perde, sendo encontrado sem querer pelo Ultraman no meio do mar. Ai começa a parte engraçado do filme, porque o ovo se parte dando origem a uma fofura de monstro com 6 metros de altura, que é levado pelo Ultraman para sua casa.
A alusão do bêbê monstro é uma sátira genial com os pais de primeira viagem. Ele destrói tudo ao seu redor e Ken Sato não sabe o que fazer com o bicho, não sabe o que ele come, que horas dorme, como brinca, como se limpa, se fica doente. Inclusive Ken não consegue mais dormir e quase vira um zumbi de tanta exaustão. Tudo igual a pais normais!
Interessante também como a animação mostra que, apesar do esforço brutal que Ken Sato tem de fazer para criar o bicho, a partir de um momento ele consegue ir ajeitando as coisas e vai voltando a ter sucesso tanto na criação do Kaiju, como na sua ação como Ultraman, como na sua profissão de jogador de baisebol. Essa é pra criticar aquele senso comum que nos espreita a dizer que filhos dão muito trabalho e que é melhor deixar pra mais tarde, quando já estiver mais estabilizado na carreira.
O bebê no filme é um monstro, mas faz clara alusão a um bebê humano. É certo que devemos respeito à vida dos animais, mas se devemos respeito aos animais, o que devemos à vida de nossas crianças?
Um gatinho merece cuidado e carinho, então, o que merece um bebê? Um cachorrinho não deve ser torturado, então qual cuidado devemos com nossas crianças? Temos consciência para defender a preservação dos animais, mas temos permitido essas feministas contra a preservação da vida humana. A agenda feminazi prevê até mesmo métodos de assassinato de bebês que não são usados nem em animais, por serem consideramos cruéis demais, como o caso da injeção com cloreto de potássio.
E falando de monstros do mundo real, os nacional socialistas tinham um discurso que afirmava que judeus, ciganos e homossexuais não seriam seres humanos, mas uma classe de nível inferior, por isso, era dever dos líderes se livrar desses indesejados. Era o auge do eugenismo, que inclusive era apoiado pelo nosso Getúlio Vargas e ainda o é por muitos em nossa decadente sociedade.
Este é o discurso das feministas. Afirmam que bebês no ventre não são seres humanos e que existe o direito de se livrar dos indesejáveis, o que justifica sua morte. Isso define o discurso bigodista e deve ser denunciado.
Agora Ultraman deve proteger a bebê contra o próprio governo, que está ávido por experiências progressistas e até a matar a bebê. Realmente o maior perigo para as nossas crianças são pessoas com ideologias anti humanas. Sem a proteção adequada, temos o perigo de veganos imporem sua alimentação de Gulag. Sim, bebês já foram mortos por pessoas veganas, que forçam suas ideias de alimentação sem carne e proteínas. Temos o perigo de tarados, adestrando nossos bebês com ideologia de gênero. E temos o perigo do próprio governo impondo doutrinação coletivista e uniformizadora para nossas crianças.
Mas eis que surge uma surpresa. A imitação da mamãe: Mecha-Gigantron! O governo substituiu a mamãe Gigantron por um robô. Ainda é a mamãe Gigantron, que não morreu com os mísseis, mas um ciborgue controlado pelos milicos. E no mundo real, já há programas de governos para substituir as mães. Estão retirando o dias das mães de datas escolares, há políticos querendo retirar o termo pai e mãe de documentos, há deputados usando termos como “pessoas lactantes”, para não falar de mães que amamentam ou em “pessoas que parem” para não falar de mães. E viva a novilíngua e o controle pela linguagem.
Para piorar tudo, se vê que Mecha-Gigatron são incontáveis experiências na Gigatron! O monstro teve milhares de implantes biônicos pelo seu corpo a ponto de ficar irreconhecível. Isso é o que o governo promete fazer por você: Experiências progressistas para controlar o que você vai pensar, falar e a quem obedecer! E, se experimentos e cirurgias obscuras para transformar um animal em uma versão mecha são bizarros e inaceitáveis, então, por quê cirurgias e experimentos obscuros para mudar o sexo de uma criança seria aceitável?
A batalha final é contra um robô gigante operado pelo chefe das operações militares estatais. Esse desvairado prefere morrer por seu ideal narcisista do que procurar simplesmente ler a realidade e tentar uma saída pacífica. No calor da batalha e sendo o robô superior em força e habilidades, o professor Sato retoma seu Ultraman.
Agora pai e filho como Ultraman, mãe e filha como inocentes que lutam por sua vida, vão enfrentar a máquina fria do governo. Essa animação é sobre isso pessoal, é você e sua família contra o governo e seus operadores.
É o pai que se arrisca pelo filho, é a mãe que dá a vida pela filha. É o filho que respeita e reconhece a autoridade, experiência e sabedoria do pai. É a filha que deseja crescer em paz na presença da mãe. É o estado que deseja destruir tudo isso, porque sequer compreende. E para esses psicopatas, se não compreendem, então não tem valor. E se não tem valor, melhor destruir.
Enfim, a animação é muito bem feita! Tem um estilo muito próprio do cinema japonês e traz referências dos Ultraman antigos. Em um momento é divertido, noutro é tenso, noutro emocionante. Faz uma gigantesca homenagem aos valores familiares, sobre homens e mulheres comuns fazendo o que é certo. O filme é mesmo sobre responsabilidade pelas nossas crianças. Nada mais atual num mundo onde a população está decrescendo e os valores se pervertendo.
E para continuar no cinema japonês, nesse ambiente de monstros gigantes e sua relação com estado, veja agora o vídeo: “GODZILLA nos MOSTRA que a GUERRA é o ALIMENTO do ESTADO”. O link segue na descrição.
GODZILLA nos MOSTRA que a GUERRA é o ALIMENTO do ESTADO
https://www.youtube.com/watch?v=KJOTMPD5aIc