Um regime que busca concentrar poder e riqueza para implantar a tão sonhada utopia socialista, enfraquecer a classe média é essencial.
Por que é interessante para um governante de mentalidade ultra coletivista aniquilar a classe média de seu país?
Um governante autoritário, em sua gana por concentrar poder e riqueza, tem como principal alvo a classe média, devido à sua maior mobilidade social. Ou seja, a classe média, que independe das políticas assistencialistas do governo para sobreviver, representa a oposição mais difícil de ser combatida num curto e médio.
Basicamente, a classe média é frequentemente vista como um obstáculo para regimes autoritários ou sistemas onde o governo deseja centralizar o poder. Ao enfraquecer a classe média, os governos garantem que o poder econômico e político permaneça nas mãos de uma pequena elite.
Temos um ótimo exemplo desse fato aqui no Brasil, Lula já criticou a classe média brasileira revelando um desprezo que vai além de uma simples crítica, evidenciando uma postura típica de políticos de viés marxista. O Molusco de Nove Dedos classificou a classe média como "escravista" e acusou seus membros de ostentar um padrão de vida acima do necessário. Essa retórica não é casual; ela reflete a hostilidade de Lula contra uma parcela da sociedade que tem autonomia econômica, acesso à informação e capacidade crítica para identificar e denunciar as falhas de seus governos. Para Lula, a classe média representa um obstáculo, pois ela é composta por pessoas que não dependem do assistencialismo estatal e que frequentemente expõem as contradições e os erros de sua gestão.
Esse discurso evidencia uma aversão à classe média que é típica de ideologias que veem essa camada social como inimiga da centralização do poder. Ao afirmar que a classe média deveria "aprender a se contentar com menos", Lula desconsidera completamente as aspirações legítimas de milhões de brasileiros que lutam por uma vida melhor. Além disso, ao condenar os padrões de consumo dessa classe, ele desvia a atenção das políticas econômicas desastrosas que marcam sua gestão.
Quando o governo aumenta a dependência do Estado, controlando serviços essenciais como saúde, educação e segurança, as pessoas ficam mais vulneráveis ao clientelismo e ao controle político. Assim, tornam-se dependentes de programas sociais e menos propensas a se rebelar.
A classe média costuma ser uma das principais vozes de oposição a políticas públicas impopulares devido ao seu nível educacional e capacidade de organização. Ao enfraquecer essa classe, o governo reduz o potencial de resistência à sua autoridade, dificultando a organização de movimentos de oposição.
Além disso, um governo que favorece elites e interesses corporativos pode ver o enfraquecimento da classe média como uma forma de evitar reformas estruturais. Uma classe média forte pressiona por melhorias como reformas fiscais, serviços públicos de qualidade, maior transparência e, pricnipalmente, diminuição de impostos. Enfraquecendo-a, o governo previne essas mudanças, mantendo a hierarquia social e econômica.
Governos autoritários também encontram maior facilidade em controlar classes mais baixas, que possuem menor acesso a informações e recursos e tendem a ser mais vulneráveis à manipulação ideológica. Enquanto isso, uma classe média forte tende a ser mais crítica, dificultando o domínio total do governo.
Diante desse cenário, um governo comunista busca essas medidas para consolidar o controle sobre o país.
Em 1921, no III Congresso da Internacional Comunista, discutiu-se a estratégia de atuação dos partidos comunistas, que envolvia duas frentes: uma legal, operando dentro das regras do jogo, e outra ilegal. Ambas visavam garantir o controle total, eliminando a oposição.
Essa ideia fica clara ao se afirmar que tudo o que um comunista diz deve ser visto com desconfiança, pois suas falas podem ser apenas encenações para mascarar ações opostas. Ou seja, é necessário sempre interpretar as declarações de forma crítica.
Um exemplo recente no Brasil pode ser encontrado em outra declaração de Lula, quando afirmou: “Quero transformar esse país em um país de classe média”. Porém, além disso representar o auge da hipocrisia e incoerencia do Molusco, asmedidas do governo indicam o oposto.
O aumento de impostos afeta diretamente a classe média, por exemplo. Ela é quem mais movimenta a economia por meio da compra e venda de insumos e serviços. Isso reduz lucros, gera prejuízos e afeta a estabilidade econômica do País inteiro.
A inflação, que nós libertários chamamos de "Imposto Silencioso" ou "invisível", também reduz o poder de compra e gera estagnação econômica. O endividamento público agrava esse cenário, criando justificativas para cobrar mais tributação, o que funciona literalmente como uma extorsão legalizada.
Um governante impopular como Lula, que é incapaz de andar nas ruas sem protestos ou de manter apoio popular significativo, evidencia que governa para uma minoria privilegiada, e não para o bem-estar da maioria.
A desconexão entre governo e população gera instabilidade social e política. Ignorar problemas como desemprego, acesso precário a serviços essenciais, redução do poder de consumo e aumento da criminalidade agrava o cenário.
Quando o governo prioriza perseguir opositores ao invés de combater a corrupção e melhorar a segurança pública, ele perde credibilidade. A criminalização da oposição, o controle da mídia e o enfraquecimento das instituições democráticas são sinais claros de regimes autoritários em ascensão.
E ainda há um aspecto cínico: as elites que roubam o povo frequentemente gastam seu dinheiro em países capitalistas, desfrutando de fartura e abundância. Raramente optam por viagens a Cuba ou Venezuela, embora financiem metrôs e apoiem ditadores em nome da ideologia.
Nossa maior defesa contra esse sistema é a informação descentralizada e distribuída. Quanto mais tentam censurá-la, mais ela se torna relevante. A tecnologia é nossa aliada para escapar das garras de governos autoritários. A narrativa estatista de Lula e de políticos com viés marxista perde força à medida que mais pessoas reconhecem as contradições e o desprezo pela classe média e pelas liberdades individuais. Declarações que tentam culpabilizar a classe média por problemas estruturais são incapazes de ofuscar o fato de que o estatismo sufoca a sociedade com impostos, regulações e assistencialismo forçado.
Em contrapartida, o acesso a informações descentralizadas e o avanço de tecnologias anti governamentais como o Bitcoin estão permitindo que os indivíduos escapem das amarras estatais.
Práticas culturais anti estatistas— que já são uma realidade entre os mais pobres e a classe média — continuarão a crescer. Negócios informais, trocas voluntárias e iniciativas comunitárias que operam à margem do sistema financeiro estatal estão se fortalecendo, criando um mercado paralelo cada vez mais eficiente.
Além disso, à medida que o colapso das ideias estatistas se torna mais evidente, cada vez mais pessoas buscarão compreender alternativas econômicas que realmente promovam prosperidade e liberdade. Nesse processo, crescerá o interesse por autores como Ludwig von Mises, Murray Rothbard, Friedrich Hayek e Samuel Konkin, cujas obras apresentam fundamentos econômicos sólidos e modelos de organização social mais éticos e financeiramente benéficos para todos.
Esses pensadores defendem o livre mercado, a descentralização do poder e a importância da cooperação voluntária, mostrando caminhos para uma sociedade mais próspera e menos dependente do estado. Com o despertar dessa consciência, as bases do estatismo continuarão a ruir, enquanto ideias libertárias ganham cada vez mais força no imaginário popular.
Este movimento não só mina o controle do governo, mas também acelera a transição para um modelo de livre mercado genuíno, tornando-se irreversível. À medida que mais brasileiros se libertam das amarras do estado, a narrativa centralizadora entra em colapso, deixando espaço para um futuro de liberdade econômica e individual.
https://www.marxists.org/portugues/tematica/1921/congresso/estrutura.htm
https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202312/lula-201cquero-transformar-esse-pais-num-pais-de-classe-media201d