Por que os progressistas são tão vitimistas?

Que os militantes de esquerda se fazem de vítima, todos nós sabemos. Mas o que está por trás deste comportamento patológico?

A esquerda não é chamada de mimizenta sem motivos. Se você segue pessoas de esquerda nas redes sociais, já deve estar enjoado de gente reclamando da vida e buscando culpados para tudo. Mesmo ações banais, como abrir a porta do carro para uma mulher, podem ofender, já que isso seria expressão do patriarcado. Errar o pronome de alguém é quase digno de prisão. E usar termos como buraco negro, denegrir ou criado mudo é considerado racista, mesmo que essas palavras não tenha a menor relação com a escravidão. Mas tudo isso tem método: é uma forma de controlar o outro, criar uma tirania do politicamente correto para cercear a liberdade de expressão. Esses sectários prepotentes e intolerantes taxam vários termos como ofensivos, e obrigam todas as pessoas a usarem o seu vocabulário, que já está recheado de teorias críticas marxistas. Mas vamos voltar a esse conceito mais adiante.

É conveniente parecer sempre cansado, ou até mesmo exausto, triste e doente. De certa forma, pessoas que denunciam problemas em geral, e ficam muito imersas neles, podem se tornar pessimistas. Isso independe de lado político. Ainda assim, a esquerda cultua o vitimismo mais do que qualquer outro grupo. Existe certo glamour em dizer que se tem problemas emocionais ou depressão. Para eles, é como se a doença sinalizasse aos outros que eles são sensíveis às causas sociais e ao sofrimento alheio. É um alimento para o ego ser visto como altruísta, preocupado com o mundo, em oposição aos capitalistas que só pensam em lucro - é uma forma de se ver como um revolucionário contra o sistema. Eles não entendem, no entanto, que o lucro e o acúmulo de capital são extremamente positivos para a sociedade. É a recompensa por uma contribuição ao mundo, que voltará a circular na economia, beneficiando a todos. Fora isso, defender o capitalismo não tem nada a ver com ser materialista, ou não se sensibilizar pela dor do próximo. Pelo contrário, o capitalismo é exatamente o que resolve a maior parte das mazelas sociais. É esse modelo de produção econômica que tirou bilhões da linha da miséria absoluta e abastece os supermercados com variedades de comidas e produtos para escolhermos o que queremos comprar.

Mesmo quem é pobre e tem vontade de vencer na vida, muitas vezes é taxado de alienado. Lembre-se de como a esquerda criticou os entregadores de aplicativos, que protestaram contra a imposição de leis trabalhistas nesse setor da economia. Por algum motivo, eles acham uma contradição ter pobres de direita. Os trabalhadores simplesmente entenderam o óbvio: que aumentar o custo do empregador também afeta os empregados.

Segundo o marxismo, o mundo se move devido às disputas entre opressores e oprimidos. Essa ideia, descrita no Manifesto Comunista, perdura até hoje, mesmo que tenha mudado de figura. Atualmente, além da clássica luta entre patrões e empregados, a esquerda vê o mundo em termos de disputas entre homens e mulheres, brancos e negros, heterossexuais e homossexuais, cisgêneros e transsexuais, entre outros. Essa é a teoria crítica marxista que mencionamos anteriormente. Ela enxerga a opressão como algo intangível que permeia o ambiente e invade a mente das pessoas, disseminada por palavras e ações, às vezes inconscientes. Em seguida, analisam estatísticas das diferenças sociais e chegam à conclusão equivocada de que a opressão é a causa das disparidades. O nome dessa falácia é "non sequitur", que ocorre quando a premissa não leva à conclusão.

De fato, preconceito e racismo existem, mas de forma alguma são os responsáveis pelas diferenças sociais. No máximo, esses comportamentos deletérios pioram a situação. O famoso economista Thomas Sowell, no livro 'Discriminações e Disparidades', fez um argumento interessante sobre isso. Ele analisou um momento inegavelmente racista da história, o Apartheid na África do Sul, e examinou os dados. Nesse regime, havia leis estatais que obrigavam as empresas a separar os ônibus entre negros e brancos, com brancos atrás e negros na frente, ou vice-versa. Foi identificado que as empresas começaram a burlar essa lei e a misturar as raças, principalmente em cidades pequenas, onde a fiscalização era menor. O motivo disso é econômico: para ter a separação de raças, a empresa teria que colocar mais ônibus na rua, já que, se a parte de uma raça estivesse lotada, ninguém mais poderia subir, mesmo que ainda houvesse lugares livres. Então, mesmo em um local extremamente racista, os incentivos econômicos falaram mais alto do que a discriminação. Se pararmos para pensar, não há grande surpresa nisso; afinal, sabemos que as relações comerciais sempre serviram de incentivos para a paz - a cooperação e as trocas são inerentes ao capitalismo. Por mais que os povos se odeiem, o interesse em prosperar predomina.

Os esquerdistas enxergam preconceito em qualquer diferença econômica na sociedade, como se as relações humanas se baseassem predominantemente em disputas de poder. Nunca passou pela cabeça deles que os ricos simplesmente sabem produzir coisas que geram valor? A pergunta correta deveria ser: como fazer para que mais pessoas consigam gerar valor e enriquecer? É verdade que existem os 'amigos do rei' que formam alianças com o Estado parasita e enriquecem às custas do povo. O governo cria leis que minam a livre concorrência, ou fornece crédito barato, financiado com dinheiro público, ou seja, roubado do seu bolso. No entanto, há muitos empreendedores que enriqueceram de forma correta, mesmo com o leviatã, o verdadeiro opressor, fazendo de tudo para atrapalhar. O psicólogo Jordan Peterson percebeu que a visão esquerdista de opressores versus oprimidos não é uma observação, mas uma confissão. Ela evidencia o que se passa dentro da cabeça deles. Estão em uma briga constante por poder, e por isso enxergam o mundo com suas próprias lentes.

O marxismo precisa do vitimismo para reforçar constantemente sua visão de mundo, que visa dividir as pessoas para que ditadores possam dominá-las. Na visão deles, os oprimidos não podem ser capazes de se virar sozinhos. Precisam de uma revolução, de um líder ou de um molusco maluco usando a força para remover a opressão. Somente assim os oprimidos poderiam melhorar de vida. É necessário reforçar o tempo todo como os oprimidos são coitados e como os supostos opressores são malignos. Desta forma, podem oferecer sua solução autoritária para resolver os problemas. Mas, cá entre nós, como estão mesmo os oprimidos em países como Cuba e Venezuela? Pior do que nunca! São oprimidos pelos mesmos governos que dizem defender a justiça social e atacam o capitalismo.

Em oposição ao pessimismo, estão os coaches. Com suas palestras motivacionais e livros de desenvolvimento pessoal, pregam o otimismo e que você saia da posição de vítima. Obviamente, eles são odiados pela esquerda e o alvo preferido de chacotas. Eles dizem que você é responsável pelos seus resultados, o que é uma heresia para a esquerda e o dogma marxista. Bem, claro que há aleatoriedade na nossa vida e ninguém controla totalmente seu destino - reveses e imprevistos podem acontecer e mudar tudo. Mas é inegável que temos grande potencial de melhorarmos nossa vida. Se você fizer dieta, vai emagrecer. Se você estudar, vai aprender. Se desenvolver habilidades valiosas no mercado, muito provavelmente será contratado ou conseguirá ter sucesso empreendendo. Ninguém diz que é fácil, mas aumentar sua probabilidade de sucesso está no seu controle.

Outro suposto pecado dos coaches é ter autoestima demais. Num mundo com tantos oprimidos, como alguém ousa ostentar sua felicidade? Eles pregam que se você é um "privilegiado", então deveria se autoflagelar e viver sofrendo. Pode falar baixo e moderado quando for para ajudar os oprimidos, mas também não pode se empolgar muito, pois não possui "lugar de fala". Já os oprimidos deveriam direcionar sua força para odiar a classe opressora. Aliás, ofender os "privilegiados" é permitido pela esquerda. Não foi por acaso que a assessora da Anielle Franco, ao achar a torcida do São Paulo "branca demais", os chamou de descendentes de "europeu safade". Ah, o amor! Nessa visão doentia, se os supostos oprimidos quiserem simplesmente viver suas vidas, sem odiar ou lutar contra ninguém, estarão sendo manipulados pelos opressores. É uma deturpação de ideias. Conselhos saudáveis são substituídos por conselhos doentios, o que torna a vida de todos mais miserável.

Outro motivo de desprezo aos coaches é o fato de que eles mostram que pessoas de sucesso se esforçaram para chegar lá. Isso vai contra a narrativa esquerdista. Se alguém tem sucesso, só pode ser por ganhar uma herança, ser favorecido pelo patriarcado, branquitude ou algo do tipo. É impensável que pessoas mereçam realmente o seu sucesso, incluindo negros que rejeitam cotas e obtém sucesso sem benefícios políticos.

Portanto, é preciso sair dessa lógica lunática que põe uns contra os outros. O mundo não precisa de salvadores forçando as suas ideias. O mundo precisa de pessoas vivendo as suas vidas sem querer controlar os outros, realizando trocas voluntárias. Se certo grupo prosperou, ótimo, isso puxa todos os outros para cima. Precisamos de pessoas com autoestima, que consigam resolver problemas do mundo real e ajudar outras pessoas. Vítima é alguém que sofre um crime real, exatamente aquelas pessoas que são roubadas, assassinadas e estupradas pelos garotos do crime que a esquerda quer vê-los soltos - as “vítimas da sociedade”. Não ache que você, ou outra pessoa, é vítima só por ter alguma etnia, gênero, religião ou condição física. Você não é vítima da vida, do destino, do capitalismo, ou de outros grupos, na verdade, você é apenas vítima do leviatã estatal que suga toda a riqueza de sua família via impostos. Mesmo assim, cabe a você ter a coragem de agir e criar seu futuro.

Referências:

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/criado-mudo-e-expressao-racista-entenda-a-polemica-e-o-misterio-por-tras-do-termo/#:~:text=Com%20base%20na%20etimologia%2C%20acredita,para%20subir%20e%20descer%20talheres.

​​https://www.amazon.com.br/Discrimination-Disparities-English-Thomas-Sowell-ebook/dp/B07V7VM9WB/ref=tmm_kin_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=&sr=

https://www.metro1.com.br/noticias/politica/141339,assessora-de-anielle-franco-ataca-torcida-do-sao-paulo-descendente-de-europeu-safade