Enquanto Lula promete picanha, pesquisa do Datafolha mostra feijão caro e bolso vazio. A maioria dos brasileiros já sente na pele o custo real do “governo do amor”. Será que iremos virar uma Venezuela até 2026?
O governo da empatia, do coraçãozinho com os dedos e da promessa de picanha vai de mal a pior. O PT voltou — e, com ele, voltou também a velha conhecida mágoa da população: a decepção econômica. É, pelo visto, o preço do amor está caro, e nem os "institutos de pesquisa eleitoral e estatística" conseguem mais esconder isso. A mais recente pesquisa do Datafolha escancarou o que o povo já sente na feira, no posto e no aluguel: a economia brasileira piorou — e piorou feio.
Pela primeira vez, desde que Lula reassumiu o trono em Brasília, mais da metade dos brasileiros diz que a situação está indo ladeira abaixo — e essa piora tem sido sentida por várias classes sociais e faixas etárias diferentes.
Segundo o levantamento, 55% dos entrevistados acreditam que a economia piorou. Mas o que mais chama atenção é como a imagem pública do governo piorou tão rapidamente: em dezembro, eram 45%. O número já era alto, só que dez pontos em quatro meses é uma média que deixa qualquer gráfico de inflação com inveja. E tem mais: a parcela da população que achava que a situação “ficou como estava” caiu de 31% para 23%. Ou seja, até quem antes estava engolindo o discurso do “governo popular” agora está despertando com o tapa da realidade no bolso - não dá mais para fingir que está tudo bem, sendo até o cafezinho está caro. E agora, faz o L?
Os números falam alto, mas o mais impressionante é notar em qual parcela da população a insatisfação bate mais forte: entre jovens (61%), trabalhadores com ensino médio (60%) e quem ganha acima de dez salários mínimos (também 60%). Ou seja, a bronca não vem só de quem já viveu a farra petista nos anos 2000 — agora o caldo entornou até para a nova geração e para a classe média que paga a conta do Estado inchado e corrupto. Vale lembrar que os jovens de hoje não viveram a época do Mensalão, não lembram dos governos Lula anteriores, e parece que agora estão acordando para a realidade da pior forma possível: entregaram o país a um corrupto da pior espécie. E pior: um comunista que ama ditadores como Nicolás Maduro. Parece que os mais jovens estão conhecendo de fato o que é ter a esquerda no poder, muitos eram novos demais quando Dilma Rousseff criou uma crise num momento de tranquilidade no cenário econômico internacional.
Mas calma, que ainda fica pior. Sim, tem como. Pela primeira vez no governo atual, a maioria dos entrevistados acredita que a economia ainda vai piorar mais. São 36% os que preveem queda livre, contra 28% em dezembro. O pessimismo só cresce. E aqueles que acreditavam em um futuro melhor? Caíram de 33% para 29%. É, a esperança é mesmo a última que morre. Em outras palavras, nem o otimismo enganado está resistindo mais ao custo de vida e às lambanças dos petistas. Está ficando impossível tapar os olhos e fingir que está tudo bem. Como dizia Ayn Rand: “você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade”. E quando a realidade vem com força, é difícil demais fingir que nada está acontecendo, pois nem a bela propaganda do governo consegue ocultar esses problemas.
Sabe o que torna tudo mais irônico? Lularápio, o mesmo que se elegeu com promessas de “colocar o pobre no orçamento”, está conseguindo fazer exatamente o oposto. O que se vê é pobre fora do mercado de trabalho, trocando a carne pelo frango, o frango pelo ovo, o café pela "bebida sabor café", pagando mais caro em tudo e ainda sendo diariamente assombrado com novas ideias de taxação para "compensar" a generosidade estatal. Ou seja, rouba com uma mão para fazer "caridade" com a outra. Se tem um mérito deste governo, é o de despertar milhões de brasileiros para a verdade nua e crua, que os economistas austríacos já ensinaram há muito tempo: não existe almoço grátis. Pois é: parece que os melhores governos para formarem novas levas de libertários e conservadores são os de esquerda. Eles nos alertam para verdades econômicas um tanto óbvias.
Mas vamos ser justos e analisar números não de percepção, mas objetivos, e olhar para os dados de forma prática. Isto é, os dados oficiais, que já são mascarados. A inflação oficial (IPCA) de fevereiro foi de 1,31%, segundo o IBGE. O maior patamar para esse mês desde 2003, ou seja, desde o governo Lula 1. Sim, 22 anos atrás. E estamos falando de fevereiro, o mês do carnaval, quando o brasileiro normalmente fecha os olhos para os preços — mas nem a cerveja e o confete disfarçaram a pancada. O IPCA de janeiro havia sido de apenas 0,16%. Um salto de mais de 1 ponto percentual em apenas 30 dias. Isso não é economia, é montanha-russa de níveis soviéticos. Se até pouco tempo atrás esta era situação dos nossos hermanos argentinos, agora o jogo virou. "Ah, como é bom ter presidente!". É realmente impressionante o estrago que este desgoverno foi capaz de causar em tão pouco tempo.
E aí, a cereja do bolo, vamos olhar para o que mais pesa na vida e no bolso do pobre: a comida.
A percepção da população é clara — alimentos, gasolina, contas básicas, tudo subindo. A prévia da inflação (IPCA-15) até desacelerou em março para 0,64%, mas ainda está longe de ser um alívio. Com a inflação acumulada ainda pressionando salários e com o governo pedalando mais do que ciclista na Paulista, é difícil acreditar em qualquer promessa de alívio. O governo do amor ainda tem a coragem de dizer: "se está caro, é só não comprar". Será mesmo? A culpa é do povo, que está comendo demais? Chamar este governo fanfarrão de ladrão chega a ser um insulto aos ladrões, pois enquanto o ladrão pega o seu dinheiro e foge, o governo ainda te humilha dizendo que o culpado é você, e continua te roubando pelos próximos anos.
A última cartada para salvar a popularidade do governo é a proposta de isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil — financiando a conta com uma taxação de até 10% sobre quem ganha mais de R$ 600 mil por ano. Evidentemente, isenção tributária é sempre bom, mas qual será o resultado dessa política populista? Será que quem ganha mais de R$ 600 mil por ano vai simplesmente aceitar a medida, ou é mais provável levar para outro país o seu dinheiro, sua empresa e os empregos? Não se engane: tudo isso tem consequência, pois os empreendedores que geram riqueza real e empregam milhões de trabalhadores em todo o país, ficarão mais pobres e terão menos dinheiro para investir em seus negócios.
A lógica é simples: o Estado brasileiro está sempre faminto. Quando ele encontra um pretexto moralista — “vamos taxar os ricos!” — o objetivo não é justiça, é arrecadação. Mas os ricos, de fato, já têm como proteger seu patrimônio ou mudar de país. Quem paga mesmo a conta é o empresário médio, o investidor local, o profissional liberal; e a maioria dessas pessoas luta para ter uma vida melhor com trabalho honesto. Esses são os primeiros a sentir o baque de qualquer medida populista. E vamos lembrar que, embora pintados como vilões, são os empresários que geram empregos e produzem bens e serviços. "Ah, mas se a classe operária tudo produz, a ela tudo pertence!", diz seu sobrinho socialista, que está no primeiro ano de economia na USP, um filhinho de um desembargador que ganha dezenas de milhares de reais. E quem é que investiu e montou a fábrica, a padaria, o hotel, onde o trabalhador ganha seu salário?
O que leva ao próximo assunto da pesquisa, que é a percepção das finanças pessoais. Em dezembro, 27% dos entrevistados diziam que sua situação piorou. Em abril, já são 34%. De novo, um salto considerável. Os mais afetados? Desempregados (47%), empresários (43%) e estudantes (37%). Nada como um governo "popular" para castigar justamente quem tenta produzir, empreender ou se preparar para o futuro. Foi assim em Cuba, na Venezuela, e não será diferente num governo socialista que compactua com ditaduras comunistas.
Mas e os funcionários públicos, como é que está a situação para quem trabalha para o governo? Só 26% perceberam piora. Claro, né? Com estabilidade garantida, reajustes automáticos e pouca exposição ao risco da economia real, esse grupo segue flanando na bolha estatal — bancada, aliás, por todos os outros que estão vendo a vida financeira afundar. Essa diferença de percepção revela o verdadeiro apartheid econômico brasileiro: o Brasil de quem sustenta e o Brasil de quem é sustentado. Não é à toa que é o grupo que mais defende o governo e o aumento da máquina estatal. Quem é que iria querer perder seu carguinho? Os aspones sempre serão favoráveis ao Estado inchado.
O poder de compra também vai pelo ralo. Segundo o Datafolha, 37% dos brasileiros acham que sua capacidade de consumo vai diminuir ainda mais nos próximos meses. Isso, enquanto 48% ainda guardam alguma esperança de melhora — um número que, embora seja maioria, caiu 6 pontos desde dezembro. Um sinal claro de que o otimismo está sendo corroído pela realidade. Será que desta vez o gigante acordou?
É impossível não enxergar o padrão. Só não vê quem não quer ver. O Brasil sob Lula e o PT volta a repetir a fórmula falida: gasta-se demais, taxa-se cada vez mais, e quando a conta não fecha, culpa-se o “mercado”, o “imperialismo”, a “herança maldita”, o povo que está comprando demais, o “Bozo”. O script é velho, mas continua sendo encenado com pompa e tapinhas nas costas no Congresso. O que eles querem mesmo é uma população de dependentes, é mais fácil para controlar e ludibriar. Lula sabe que quanto mais miserável é a pessoa, mais ela acredita em fantasias e em propagandas enganosas e irreais. Afinal, sem os dependentes do estado, o PT não terá eleitores significativos, sobrando apenas os criminosos.
A realidade é cruel sob o governo petista: supermercados lotados de gente olhando os preços e levando menos. Até o ovo está caro; azeite e café se tornaram artigos de luxo. Postos cheios de motoristas desesperados por uma promoção de R$ 0,10 no litro. E jovens cada vez mais frustrados ao perceberem que o diploma não vale nada, quando o país lhes oferece um mercado engessado e um Estado que suga tudo antes mesmo do primeiro salário — que, aliás, já vem com um descontão de INSS e imposto de renda.
O problema não é só econômico. É moral, estrutural, ideológico. Um governo que criminaliza o lucro, demoniza o empresário, e ainda se vê como o salvador da pátria está fadado a destruir tudo o que toca. O Datafolha só está capturando o que já era previsível: que o projeto lulista de “economia com afeto” resulta, invariavelmente, em bolso vazio e frustração generalizada. Agora já não há mais como esconder, e até os institutos de pesquisa e a grande mídia estão pulando fora deste barco furado.
Quer um país mais justo e próspero? Siga o exemplo do Milei, comece por reduzir o tamanho do Leviatã estatal, corte privilégios, facilite o empreendedorismo, abra o mercado e tire o Estado das costas de quem produz. Mas pedir isso para Lula é como esperar que o escorpião não pique o sapo no meio do rio: é da natureza dele. Mas você, cidadão, proteja seu patrimônio, compre Bitcoin e, na medida do possível, evite colaborar com o Estado, tanto quanto puder e estiver a seu alcance.
Os brasileiros merecem mais do que promessas requentadas e discursos emocionados. Merecemos liberdade econômica, responsabilidade fiscal e respeito a quem trabalha e produz. E, sobretudo, merecemos sair da mão de políticos que brincam com nossos bolsos e nossas vidas em nome de narrativas ideológicas. Mas enquanto isso não acontece, prepare-se: o Datafolha do próximo trimestre vai trazer ainda mais más notícias.
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/economia-lula-piorou-ultimos-meses-maioria-brasileiros/