O TEATRO DAS TESOURAS resistira as REDES SOCIAIS!

A mais de um século a criação de falsas oposições têm sido aplicada pelos comunistas, controlando as massas por meio do que as pessoas sabem e acreditam. No entanto, as redes sociais se tornaram a pedra no caminho dessas ideologias.

Em junho de 1921, a III Internacional Comunista publicou o artigo “A Estrutura, os Métodos e a Ação dos Partidos Comunistas”, um texto que mais parece um manual estratégico para partidos comunistas em todo o mundo. Embora tenha sido escrito há mais de um século, o compêndio de ideias contém elementos que permanecem profundamente atuais. Ao mesmo tempo, escancara como o movimento comunista internacional se organizou e propagou suas ideias com um objetivo claro: a revolução global. Este artigo busca simplificar e expor as ideias principais desse documento, enquanto destaca seu impacto histórico e relevância contemporânea.

Para entender o documento, é fundamental compreender o contexto histórico. Em 1917, a Revolução Russa derrubou o regime czarista, instaurando o primeiro governo socialista sob liderança de Vladimir Lênin e o Partido Bolchevique. Esse evento inspirou movimentos ao redor do mundo, e a III Internacional, ou Comintern, foi criada em 1919 para coordenar os esforços comunistas globais. A ideia central era exportar a revolução para além das fronteiras russas, promovendo a derrubada do capitalismo em escala mundial. Para isso, a organização não podia se basear em improvisos: precisava de partidos comunistas altamente disciplinados, organizados e comprometidos com a revolução. O artigo de junho de 1921 oferece uma fórmula para moldar esses partidos como instrumentos de transformação social e política. O documento visava uma organização hierárquica e com disciplina férrea.

Para o movimento comunista, um partido não é uma associação de pessoas com ideias parecidas, mas uma máquina de luta revolucionária, objetivando liderar as massas, agindo como o “cérebro” que orienta a ação coletiva. Apesar de antagônico, a ideia principal era centralização da democracia: aumentando o controle e concentrando nas mãos da liderança. Poderiam existir debates no partido, mas uma vez a decisão aprovada e aplicada, todos os membros devem segui-la sem questionar. A tão almejada revolução seria resultado de ações calculadas para explorar as fraquezas do sistema.

Com o controle da informação a máquina de propaganda trabalharia o mais rápido possível. Mas o tema mais polêmico e controverso descrito no documento é a infiltração. Partidos comunistas deveriam colocar seus membros em sindicatos, associações e outros órgãos da sociedade civil. O objetivo era ganhar influência e, eventualmente, controlar essas instituições para servir aos interesses revolucionários. O documento também destaca a importância de se aproveitar das crises econômicas, políticas e sociais. Durante períodos de instabilidade, as massas estão abertas à ideia de mudança radical. E cabe ao partido comunista canalizar essa insatisfação para a revolução. Todo esse esforço de organização e ação tem um único objetivo: instaurar a ditadura do proletariado, que, na verdade, mais tarde se manifestou com ditaduras espalhadas ao redor do mundo. Essa expressão pode soar chocante, mas no contexto do marxismo-leninismo, ela se refere a um regime no qual o estado está sob controle da classe trabalhadora, eliminando as bases do capitalismo. Essa eliminação só seria possível destruindo completamente as instituições burguesas, incluindo parlamentos, sistemas jurídicos e forças de segurança. Em resumo, qualquer oposição.

Qualquer tentativa de coexistência entre socialismo e capitalismo seria uma traição ao partido e punições deveriam acontecer. A metodologia foi aplicada ao redor do mundo, e os avanços mais importantes foram na China de Mao Zedong e em Cuba de Fidel Castro. Regimes autoritários, nos quais a liberdade individual foi sacrificada em nome da revolução. Até os dias atuais é aplicado às infiltrações e manipulação utilizando esse guia de revolução das massas, ao redor do mundo. Com adaptações de estratégias em um ambiente mais conectado. Por exemplo, o método de infiltração dupla, em que um partido comunista opera tanto legalmente quanto ilegalmente, além de criar ou influenciar movimentos e correntes de oposição que, na prática, estão alinhados aos mesmos objetivos revolucionários. Essa tática é central para a ideia de usar todas as ferramentas disponíveis para alcançar o objetivo.

Basicamente dois partidos: um legal e o outro ilegal. O legal age no sistema político vigente, participa de eleições, organiza comícios e promove suas ideias abertamente, mas sem expor completamente seus objetivos revolucionários. Ele atua como uma frente moderada para atrair parte das massas, os intelectuais e simpatizantes que não se sentiriam confortáveis apoiando ações extremas. Em paralelo, a versão ilegal opera nas sombras. É responsável por atividades que não podem ser realizadas abertamente, greves, sabotagens, perseguições, formação de milícias armadas e treinamento paramilitar. Com a função principal de despertar sentimentos de insatisfação ao partido legal. Essa condição justificaria e possibilitaria a infiltração em órgãos estatais.

Basicamente, o partido legal tomaria decisões que justificasse a presença do partido ilegal, permitindo que os comunistas operem em um terreno aparentemente legítimo. As estratégias de falsas correntes opositoras explorando dois pilares: dividir para conquistar e falsa oposição. A primeira estratégia foca na oposição de ideias e diversidade de opinião. Baseado em que sistema capitalista nem sempre se uniria sob uma única bandeira. Dessa forma ao adotar a infiltração revolucionária possibilitaria dividir esse sistema explorando insatisfações das pessoas. Já a segunda estratégia visa desorientar o inimigo, confundindo as massas. Para identificar essa situação basta perceber quem finge ser inimigo, mas não ataca as ideias.

A sutileza e o disfarce dessa estratégia de infiltração e manipulação fez com que o Brasil, nas palavras do próprio Lula, tivéssemos pela 1ª vez um ministro comunista no STF. Afinal, nem sempre aquilo que parece oposição ou diversidade de ideias é o que diz ser, afinal, a direita limpinha criticou a fala do atual presidente? Essa duplicidade de partidos também possibilita a alternância de poder visando o objetivo maior. A direita limpinha, que ocupa a posição de moderador, se diz distante de ideologias radicais, mas acabam convergindo em pautas comuns, muitas vezes funcionam como válvulas de escape para descontentes, ao mesmo tempo, em que mantêm o controle ideológico das massas. Com a presença das redes sociais as táticas e estratégia de propaganda centralizada, nesse sistema atual, encontra-se em campo desfavorável em razão da descentralização da informação. A estratégia de atrair e confundir não traz mais o mesmo resultado, porque na internet tudo é registrado e o discurso deve estar alinhado à prática. Por isso, atualmente se vê uma parte de pessoas silenciosas com o discurso de regulamentação das redes sociais, enquanto outra parte do espectro político fica em silêncio.

Na internet, as informações passam pelo teste público e é possível ver o sentimento real ao nível de crítica da informação. Só existem dois cenários: o banimento das tecnologias, principalmente meios de comunicação descentralizada, ou a verdadeira democracia sendo aplicada, sendo esta última uma condição que precisa de múltiplas opiniões, inclusive as divergentes. Basicamente, a mais de um século existe um plano em curso sendo implantada lenta e gradativamente. E que somente agora com a internet está sendo revelada ao público. Como diria Mises: o preço pela liberdade, é a eterna vigilância. Portanto, sejamos vigilantes quanto a essas estratégias. Com o passar do tempo, mais indivíduos perceberão o quanto é insustentável um estado na vida das pessoas, entendendo que somente por meio de uma sociedade livre sem uma entidade estacionária e parasitária a prosperidade pode ser encontrada. Enquanto pudermos mostrar as reais faces daqueles que estão no poder, mais rápido e fácil iremos transicionar para uma realidade na qual as ideias libertárias são mais aceitas. Portanto, precisamos apenas garantir duas coisas: que a liberdade de expressão continue, e que os governos continuem fazendo o que fazem de melhor: subjugar seus cidadãos, tratando-os como imbecis e iletrados.

Referências:

https://www.marxists.org/portugues/tematica/1921/congresso/estrutura.htm