Trump vai taxar os varejistas que importam produtos chineses, que história é essa?
Com a vitória de Trump, os negócios nos EUA já sentem a pressão das tarifas que ele quer implementar. Algumas podem ser de 10% a 20%, mas em produtos chineses, o impacto pode ser de até 60%. Será que esse aumento é realmente uma solução para fortalecer a economia americana? Quais são as consequências disso? Será que o Biden deixou o abacaxi?
Não é de hoje que Donald Trump demonstra fortes posições contra a ditadura chinesa.
Marcas como Under Armour, Ralph Lauren e Steve Madden, altamente dependentes de importações, já revisam suas estratégias para enfrentar essa ‘nova realidade’, como disse Christopher Hufnagel, CEO da Wolverine Worldwide, que fabrica calçados. E não são só as empresas de moda: a indústria da beleza também está em alerta. A e.l.f Beauty, conhecida por seus produtos acessíveis, informou que 80% de seus produtos vêm da China, mas que os impactos das tarifas só devem ser sentidos em 2026.
Se o governo dos EUA impor tarifas tão altas em produtos da China, quem vai acabar pagando essa conta? No final, a “guerra de tarifas” pesa nos preços dos produtos que consumimos. Será que o consumidor está preparado para arcar com esses aumentos? No fim, o preço dessa “guerra de tarifas” acaba na etiqueta de tudo que compramos, dos tênis de marcas famosas aos produtos de beleza que vemos no mercado. É como se fosse uma briga de gigantes, mas o peso maior acaba caindo nas mãos do consumidor comum, que vê o preço dos produtos subir enquanto as empresas correm para se ajustar às novas regras e à burocracia.
As empresas estão reagindo de diferentes formas. Algumas, como a Steve Madden, já transferem parte da produção para países como o Vietnã e o México, diminuindo sua dependência da China em até 45%; enquanto outras, como a Stanley Black & Decker, evitam trazer a produção para os EUA devido aos altos custos.
A possibilidade de tarifas gigantescas tem desencadeado o que alguns especialistas chamam de "pânico de mercado", especialmente no setor de moda e calçados, onde muitas empresas baseiam-se fortemente nas importações. Mesmo gigantes do varejo, como Wayfair e Best Buy, já sentiram os efeitos: na primeira reação dos mercados à vitória de Trump, as ações dessas empresas caíram, e Wayfair chegou a perder 12% de seu valor em um único dia.
E quem vai pagar essa conta? Os executivos acreditam que o americano comum sentirá o peso, com produtos como roupas, calçados e ferramentas mais caros. O consumidor está preparado para enfrentar mais esse aumento no orçamento?
Ainda há quem veja oportunidade nessa mudança. A HM Manufacturing, que produz peças automotivas e aeroespaciais, por exemplo, acredita que as tarifas podem aumentar a demanda por produtos fabricados nos EUA. Nicole Wolter, CEO da empresa, espera que a taxação de importações estimule as vendas de sua linha de produção americana, enquanto empresas menores já falam em aumentar a fabricação doméstica. Por outro lado, isso pode significar custos extras que as empresas terão que “digerir” ou repassar.
A interferência do estado via tarifas de importação, cria novos custos e distorções no mercado. É importante destacar que essas políticas não protegem os cidadãos como dizem proteger; na verdade, só aumentam a burocracia e os custos, e o resultado é que quem acaba pagando por essas "proteções" são os consumidores. Empresas que poderiam operar livremente e buscar os melhores preços e fornecedores; agora precisam passar por um labirinto de tarifas e regulamentações que favorecem burocratas. Logo, essa intervenção tem mais custos que benefícios para o mercado e para o consumidor final.
Mesmo com as tarifas ainda sendo uma promessa, grandes empresas já reavaliam operações para minimizar impactos futuros. A varejista de calçados Steve Madden, por exemplo, não perdeu tempo e já começou a reduzir em até 45% a sua produção na China, deslocando uma parte significativa para o Vietnã e o México, locais onde os custos são mais baixos e onde, por enquanto, as tarifas ameaçadas por Trump não têm efeito. O CEO da empresa, Edward Rosenfeld, foi claro ao dizer que essa mudança estratégica é uma reação direta às políticas de comércio do presidente eleito, indicando abertamente sua preocupação.
Essa migração de produção não é exclusividade do setor de moda. Muitas empresas estão de olho, especialmente aquelas que têm a cadeia de fornecimento bem atrelada à China. Por lá, o custo sempre foi supervantajoso, mas com essas novas tarifas, o cenário pode mudar e bater forte no bolso. Marcas como Ralph Lauren e Under Armour, que também dependem de produção fora dos EUA, já estão revendo seus gastos e buscando fornecedores em regiões que não seriam tão afetadas pelas tarifas. Isso significa que elas precisam se ajustar rápido para tentar minimizar esses custos extras e continuar competitivas.
E o impacto vai além das roupas. O setor de beleza também está sendo afetado. A e.l.f Beauty, por exemplo, revelou que cerca de 80% dos seus produtos vêm da China, o que significa que, se essas tarifas entrarem em vigor, a empresa vai ter que lidar com desafios complicados. O CEO, Tarang Amin, falou que os efeitos ainda vão demorar a chegar, mas já estão se preparando. Eles têm um “plano B” em andamento para lidar com as consequências e manter o negócio competitivo.
Enquanto isso, o varejo doméstico está reagindo de forma variada. O rumor sobre um possível aumento nos preços dos produtos importados fez as ações de grandes varejistas caírem. O mercado antecipa que os preços subirão e as vendas cairão. Se esses preços realmente aumentarem, os consumidores terão que escolher entre duas opções: ou comprar menos, cortando gastos, ou gastar mais para comprar as mesmas coisas de sempre. Caso o orçamento aumente para manter o mesmo padrão de vida, acaba faltando dinheiro para outras coisas. E é aí que entra o risco: esse aumento nos preços pode desacelerar a economia. Se menos pessoas compram, o consumo total cai, e com isso o mercado como um todo sente o impacto.
Para tentar se proteger dessa maré alta de tarifas, algumas empresas estão buscando alternativas dentro dos Estados Unidos. A Stanley Black & Decker, por exemplo, pensou em trazer sua produção de volta para os EUA, mas logo viu que o custo seria tão alto quanto nadar contra uma correnteza. Simplesmente, não vale a pena. Já a HM Manufacturing, que já produz peças automotivas e aeroespaciais nos EUA, vê a situação de outra forma: para eles, as tarifas são como uma onda que pode ajudar a empurrar o barco para frente. Eles acreditam que, com o aumento dos custos de importação, mais empresas vão preferir comprar produtos fabricados localmente. Então, quem já está dentro da água, como eles, pode acabar ganhando com isso.
Agora, surge a grande questão: quem vai pagar essa conta das tarifas? Trump afirma que são os outros países que vão arcar com isso, mas muitos CEOs e economistas não compram essa ideia. Eles acreditam que, no final das contas, o custo extra das tarifas vai cair mesmo é nas costas dos consumidores americanos. Ou seja, as pessoas vão começar a ver os preços de coisas como roupas, sapatos e até bicicletas subirem. As empresas que dependem de fornecedores estrangeiros já estão se preparando para essa mudança, mas o que preocupa é o impacto no bolso do consumidor. Com o poder de compra diminuindo, todos acabam tendo que pensar mais antes de gastar. E isso pode criar uma bola de neve que afeta ainda mais a economia.
Por fim, os analistas não estão nada otimistas. O aumento dos preços, somado à incerteza econômica, está fazendo as famílias pensarem duas vezes antes de comprar. Isso cria um efeito dominó, onde o receio de gastar pode afetar ainda mais o consumo e desacelerar a economia. Enquanto isso, com as primeiras decisões do novo governo ainda por vir, consumidores e empresários estão na expectativa, esperando para ver o que vai acontecer e torcendo para que o impacto não seja tão grande quanto muitos estão prevendo.
Para especialistas, o verdadeiro teste para o setor de importação e varejo virá nos próximos meses, quando as tarifas finalmente forem implementadas (ou não) e as empresas tiverem que decidir se absorvem os custos ou repassam a conta para os consumidores. Até lá, a “nova realidade” mencionada pelos executivos é apenas o começo de um cenário de incertezas e ajustes.
Mas é inegável que Trump é mais protecionista e deve tomar atitudes que favoreçam o governo americano. O problema é que nem todos entendem a diferença entre o governo e o povo.
A movimentação de produção para o Vietnã e o México é um exemplo: em vez de focar em produtividade e inovação, as empresas gastam energia e capital só para fugir dos obstáculos do governo.
Segundo o CEO da Steve Madden, Edward Rosenfeld, a transferência de parte da produção da China para o Vietnã e México foi uma escolha estratégica e necessária para a empresa, reforçando que a mudança faz parte de um plano para proteger a empresa dos efeitos das novas tarifas e garantir mais estabilidade nos custos de produção. "Com as tarifas, precisávamos minimizar o impacto financeiro e proteger nossa cadeia de fornecimento.”
O setor de beleza está atento às mudanças. Tarang Amin, CEO da e.l.f Beauty, afirmou que as tarifas podem ter um efeito significativo na sua cadeia de suprimentos, já que 80% dos produtos da empresa são fabricados na China. “Não veremos impacto imediato, mas, se as tarifas forem implementadas em 2026, estaremos preparados para lidar com esse aumento de custos e encontrar alternativas”.
Dr. Sheng Lu, professor da Universidade de Delaware e especialista em economia do setor de moda, publicou um relatório alertando para o "pânico de mercado" causado pelas propostas de tarifas durante a campanha de Trump. “Mais de um terço das importações de vestuário dos Estados Unidos vem da China. Tarifas dessa magnitude vão impactar o custo dos produtos, afetando consumidores e as estratégias das empresas em todo o setor.”
Não que o que estava sendo feito pelo Biden, como este professor provavelmente defende, fosse melhor.
Só de impressão de moeda, a inflação refletiu em todo o planeta. A falta de responsabilidade econômica de Biden não foi mais sensata que a possibilidade de Trump tarifar exportações chinesas.
A questão é quem está no governo. O chefe de estado pode mudar, mas os mecanismos do estado permanecem, impondo controle na economia e nos recursos do povo.
Com tantas variáveis em jogo, o que se sabe é que os próximos meses serão de muita adaptação e incerteza, tanto para empresas quanto para consumidores. Enquanto Trump ainda não assumiu oficialmente o cargo, o mercado já reage, e as companhias se apressam para ajustar suas cadeias de produção e evitar um baque mais forte quando – e se – essas tarifas entrarem em vigor.
A possibilidade de pagar mais por produtos do cotidiano, como roupas e ferramentas, gera preocupações sobre o impacto no orçamento familiar e na economia. Esse aumento de preços não afeta só o bolso; ele pode acabar reduzindo o consumo geral, o que significa menos compras, menor crescimento econômico e, possivelmente, até efeitos negativos no mercado de trabalho. Em vez de só encarecer produtos importados, as tarifas podem acabar freando toda a economia.
Para especialistas, o desafio agora é ver como essas promessas de tarifas de Trump serão recebidas na prática e, caso sejam realmente implementadas, de que forma o setor de importação e varejo vai se adaptar a esse “novo normal”. E enquanto as empresas se ajustam a esse cenário incerto, uma coisa parece certa: a conta das tarifas deve acabar nas mãos dos consumidores.
Ao final, a única certeza é que tanto empresas quanto consumidores estão na expectativa – e esperando que, de alguma forma, esse impacto seja menos doloroso do que o previsto.
E se o Estado saísse do caminho? O intervencionismo só engessa o mercado. O povo precisa de um mercado realmente livre.
https://finance.yahoo.com/news/trumps-tariff-promises-have-import-heavy-retailers-facing-new-reality-133545785.html
https://www.morningbrew.com/daily/stories/2024/11/09/companies-prepare-for-trump-tariffs-by-ditching-china
https://www.washingtonpost.com/business/2024/10/30/companies-tariffs-trump-prices/